Suspeito de executar policial foi morto em confronto com a polícia em Maracaju (MS). Quando os policiais militares localizaram o autor dos comentários, de 18 anos, ele desacatou os agentes e resistiu à prisão.
Um jovem de 18 anos foi preso no último domingo (10) após xingar de "verme" o policial militar Juciel Rocha Professor, de 25 anos, assassinado em uma lanchonete em Maracaju (MS). No mesmo comentário, o rapaz enaltece a conduta do assassino.
Segundo a ocorrência registrada como calúnia, o rapaz usou seu perfil pessoal no facebook para "agradecer" ao suspeito do assassinato, morto em confronto com a polícia no domingo (10). "Você ensinou muito para a gente, foi um exemplo para a molecada mais nova, hoje descansa em paz".
Jovem de 18 anos chamou de "verme" policial militar assassinado no domingo (10) e enalteceu a conduta do assassino. — Foto: Facebook/Reprodução
No mesmo post ele cita "Aquele verme [...] que queime no inferno". Em seguida, em outro post, compartilhou a notícia da morte do policial militar, segundo a polícia, fazendo clara referência a ele e cometendo injúria contra sua honra e memória.
Policiais militares da cidade identificaram a conduta do rapaz através de prints e o localizaram por ter seu endereço registrado de outras ocorrências. Ao chegar à casa do jovem, os policiais questionaram-no sobre a autoria dos comentários ofensivos. Ele admitiu e desacatou os policiais, resistindo à prisão. O rapaz foi preso e levado à delegacia de Maracaju, e liberado em seguida.
Calúnia é crime de menor potencial ofensivo
O delegado Wellington Oliveira, responsável pela comunicação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul afirmou ao G1 nesta terça-feira (12) os crimes de injúria, calúnia e difamação são considerados de "menor potencial ofensivo", ou seja, não cabe prisão, por isso o rapaz foi solto em seguida.
"O jovem foi liberado após assinar um termo de compromisso de comparecimento em juízo, motivo pelo qual não foi autuado e preso em flagrante delito", explica o delegado.
O delegado de Maracaju, Amylcar Romero, informou que o crime foi registrado como calúnia, mas que durante a produção do termo circunstanciado de ocorrência, poderá elencar novos delitos como incitação ao crime e apologia ao crime. Após a prisão, o rapaz excluiu seu perfil nas redes sociais.
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