Depoimento faz parte de investigações abertas a partir da delação que ex-ministro fechou com a PF do Paraná.
O ex-ministro Antônio Palocci presta depoimento à Polícia Federal (PF) do Paraná na manhã desta sexta-feira (22), em Curitiba. A informação foi confirmada pela RPC.
Quem deve ouvi-lo é o delegado Filipe Pace. O depoimento faz parte de investigações que foram abertas a partir da delação que o ex-ministro fechou com a PF do Paraná no âmbito da Operação Lava Jato.
Atualmente, Palocci mora em São Paulo. Ele saiu, de carro, da capital paulista com destino a Curitiba na quinta-feira (22). O retorno está previsto para sábado (23).
Condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Palocci deixou a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde estava preso, em novembro de 2018, por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Ele estava preso em regime fechado desde a deflagração da 35ª fase, em setembro de 2016. Agora, cumpre prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica.
Delação de Palocci
O acordo de Palocci foi firmado com a PF no fim de abril de 2018 e homologado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
No termo de delação, o ex-ministro se comprometeu a pagar R$ 37,5 milhões como indenização pelos danos penais, cíveis, fiscais e administrativos dos atos que praticou.
Em outubro de 2018, às vésperas da eleição, o ex-juiz Sergio Moro retirou o sigilo de parte do acordo de delação do ex-ministro.
Com isso, foi tornado público o termo em que Palocci afirmou que Lula usou o pré-sal para conseguir dinheiro para campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT) e que as duas campanhas de Dilma Rousseff para a Presidência custaram R$ 1,4 bilhão, mais do que foi declarado.
Em janeiro deste ano, em outro termo anexado a um inquérito, o ex-ministro relatou entregas de dinheiro em espécie de propina paga pela Odebrecht ao ex-presidente. Em uma declaração complementar, ele também disse que Dilma 'deu corda' para Lava Jato implicar Lula.
No fim de janeiro, em mais um termo da delação, Palocci disse que determinou que o Grupo Schahin usasse dinheiro de propina para patrocinar um filme sobre o então presidente, co-produzido por uma empresa da qual o jornalista Roberto D'Avila - da GloboNews - era sócio.
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