Marina Lima vai estrear no cinema — e em dose dupla. Em abril, sai o documentário “Essa garota chamada Marina”, do diretor Candé Salles. Um dos poucos homens por quem a cantora se apaixonou, ele registrou sua intimidade durante seis anos. Depois será a vez do longa de ficção “Baleia”, dirigido por Esmir Filho. no qual ela contracena com Andréa Beltrão.
Além disso, Marina, aos 63 anos (mais de 40 de trajetória profissional), terá sua obra cantada num musical no teatro. E ela segue fazendo shows pelo Brasil, com uma invejável barriguinha de fora.
Lésbica assumida desde os 18 anos, Marina está de bem com o corpo, com a voz e com a carreira. Curou-se de uma depressão violenta e só não está mais feliz por conta do avanço do conservadorismo no Brasil. “O pêndulo no país virou todo para a direita. Não podemos mais nos anestesiar com a desgraça alheia”, diz.
Pouca gente sabe, mas sua primeira composição, “Alma caiada”, gravada por Maria Bethânia em 1973, acabou censurada pelos militares. “O problema foi o verso ‘às vezes pressinto que não me enquadro na lei...’”, explica. “Não mudamos nada. E a música foi liberada depois da Anistia, em 1979”, relembra. À época, já compunha com o irmão Antonio Cicero, hoje imortal da Academia Brasileira de Letras.
Carioca radicada em São Paulo, Marina falou à coluna sobre o prazer de voltar a cantar, os desafios da carreira, a luta contra a depressão ("Enchi o saco de tudo (...) Virei uma prisioneira da cantora pop que me tornei") e o passado com Gal Costa ("Foi com ela a minha primeira saída do armário. E logo depois contei para a minha mãe. E já assumi para todo mundo que gostava de mulher, para acabar com a bobagem").
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