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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Após deixar prisão, Doutor Bumbum fala sobre Lilian Calixto: 'para mim, uma amiga'


RIO - Um dia após deixar a prisão, o médico Denis Cezar Barros Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, publicou um texto em suas redes sociais em que se refere à bancária Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci, de 46 anos, como "amiga". Ele foi detido em julho deste ano, acusado da morte dela, depois ter aplicado nos glúteos da vítima a substância PMMA — um derivado de acrílico — um dia antes da paciente morrer.
"A perda irreparável de uma mãe, filha e esposa, e para mim uma amiga, jamais será reparada, porém agora a família poderá buscar o que deseja, justiça verdadeira", consta do trecho final do texto publicado por ele em sua conta no Instagram, na noite desta quinta-feira.
Em outro trecho, ele diz ter "finalmente a oportunidade de esclarecer ponto a ponto o caso Lilian Calixto, de uma forma mais objetiva". Acrescenta ainda que, ao decorrer dos dias, falará mais sobre o processo. Na publicação, o médico postou duas imagens de um laudo elaborado a pedido de sua defesa.


Doutor Bumbum ficou cerca de seis meses preso no Complexo Penitenciário Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, de onde saiu na tarde da última quarta-feira. A determinação de colocá-lo em liberdade veio no dia anterior, após decisão unânime de desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro. 


Na decisão, a prisão de Denis foi trocada por quatro medidas cautelares: comparecimento periódico em juízo para informar e justificar atividades; proibição de se ausentar do Rio durante a investigação e recolhimento em casa à noite e nos dias de folga, enquanto estiver sendo investigado; proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos.


Relembre o caso

Lilian saiu de Cuiabá, capital do Mato Grosso, para fazer o procedimento estético com Denis em uma cobertura na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em julho do ano passado. No dia seguinte à aplicação, passou mal e foi levada para o hospital pelo próprio médico, onde morreu horas depois, após quatro paradas cardiorrespiratórias. O laudo de necrópsia produzido pelo IML atestou que a causa da morte havia sido uma embolia pulmonar. Doutor Bumbum responde pelo crime de homicídio qualificado.
No último dia 15, um laudo elaborado a pedido da defesa de Denis foi apresentado à Justiça. De acordo com o documento, assinado pelo perito Leví Inimá de Miranda, Lilian foi vítima de um “enfarte miocárdico agudo”, sem relação com a aplicação de PMMA. Laudo do IML aponta que a morte foi provocada por embolia pulmonar.
No laudo produzido a pedido da defesa, que foi anexado ao processo, Inimá alega que o diagnóstico de embolia pulmonar é “errado e precipitado”. Com base num exame de sangue e num eletrocardiograma realizados na paciente, o perito afirma que “restou caracterizado um infarto miocárdico agudo. E esse infarto jamais foi visto, detectado e diagnosticado. Com os diagnósticos eletrocardiográfico e enzimático, a senhora Lilian tinha de ter sido encaminhada, de imediato, ao Laboratório de Hemodinâmica, para submetê-la a uma angioplastia coronariana. Porém, ela ficou o tempo todo em uma sala da emergência”.
Ainda segundo o perito, que será assistente de defesa no processo, “o infarto miocárdico agudo não tem nexo de causalidade com o implante do PMMA em região glútea. Assim, a paciente morreu naquela emergência sem diagnóstico e sem qualquer tratamento para o infarto miocárdico agudo”.

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