Caso aconteceu na tarde de quarta-feira (30) em Balneário Camboriú. Na região, os termômetros chegaram a registrar 38ºC.
Uma menina de dois anos sofreu queimadura de segundo grau nos pés após ter ficado descalça, em uma creche de Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense. O caso aconteceu na tarde de quarta-feira (30), por volta das 15h30, em um dia de calor intenso. Na região os termômetros chegaram a registrar 38º C. A criança terá que ficar dois dias sem andar e também precisa fazer trocas constantes dos curativos e tomar remédio pra evitar infecções.
A menina estava em uma colônia de férias, onde 210 alunos assistiram a uma apresentação de teatro feita pelas professoras. A atividade era na sombra, mas entre a sala e o local onde estavam as crianças, era preciso passar por uma parte do pátio exposto ao sol e com piso de cimento queimado. A menina foi pra escola de chinelo, mas teria tirado na sala de aula.
"Segundo o relato que nós temos da direção da escola, foi durante o trajeto da sala de aula até o local do teatro. Ela estava sem chinelo. Realmente estava um calor absurdo mesmo, a pele da criança com certeza é sensível e era a única criança que estava sem chinelinho", disse a secretária de Educação, Rosângela Borba.
O pai da criança, Alef Soares de Souza, diz que a família ficou sabendo só na hora que buscou a menina.
"Meu pai foi buscar e notou que ela estava com o pezinho doendo e tal. Aí perguntou para as professoras e elas comentaram que tinha queimado o pé. Estava com bastante bolha, bem vermelho de queimadura. Ela estava reclamando bastante, chorando de dor", declarou.
Os pais levaram a criança para um pronto-atendimento. Durante o atendimento médico foi identificado que as queimaduras são de segundo grau.
Diante do diagnóstico, a mãe ficou nervosa e voltou para a creche. Ela agrediu duas professoras com tapas e socos. Conforme a Secretaria de Educação, as duas educadoras registraram boletim de ocorrência e tanto familiares da criança quanto as docentes foram chamadas pela pasta para resolver o assunto.
Esta quarta é o último dia de trabalho das profissionais porque termina a colônia de férias e o contrato de trabalho era específico para esse período.
A secretária de Educação admite que houve falha e que vai reforçar o pedido de cuidados em todas as unidades de ensino. "Eles não ficam o tempo todo em sala de aula, nem queremos isso. Mas quando saírem de sala, tomarem os devidos cuidados", afirma Rosângela.
Menina terá que ficar sem andar — Foto: Arquivo Pessoal
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