Não há receitas prontas quando o assunto é amor. Cada casal tem a sua. Como também não há relacionamentos sem conflitos. Sempre haverá formas de pensar diferentes e, por incrível que pareça, isso também compõe a beleza de uma relação, uma vez que pontos de vistas diferentes nos possibilita ver o mundo sob outra perspectiva e, assim, nos convida a sair da nossa visão confortável sobre alguma ideia. Claro que me refiro aqui como positivo os conflitos e não os confrontos.
No início todo relacionamento é perfeito. Os acordos são constantes, os defeitos imperceptíveis e as qualidades inúmeras. Expressões como “encontrei minha cara metade” não deixam dúvidas sobre a paixão. Quase um conto de fadas.
Com o passar do tempo surgem os desentendimentos e alguns casais buscam, e conseguem, resolver de forma equilibrada tais diferenças. Já outros, vão empurrando, deixando a resolução ao acaso e acumulando os dissabores, ruindo o que pode, ou poderia, ser sólido.
O que há com este casal?
A idealização que se faz do outro no início de uma relação dificulta um importante detalhe: ver o outro como ele é. E por que isto acontece? É que quando duas pessoas se unem, levam para o relacionamento seus sonhos, desejos e necessidades, só que sem dividi-las com o outro. Dai as expectativas que cada um depositou no inicio do relacionamento, sem aviso prévio, transformam-se mais tarde em cobranças.
Sabemos que a comunicação é a essência de toda relação, seja através da fala, dos olhares ou dos gestos. Por isso, é preciso prestar atenção no outro para reconhecer o significado de cada um destes sinais escondidos, inclusive no silêncio. Do contrário, o desencontro será inevitável.
Uma relação a dois necessita muito mais que afeto para mantê-los unidos. É preciso objetivos comuns, maneiras claras de comunicação para que cada um fale a respeito das próprias necessidades e expectativas.
Assim, é fundamental expressar ao outro o que sente, como também é primordial que este outro acolha e procure entender, o que não significa concordar, mas acolher para juntos buscarem saídas e equilibrar a relação.
A falta de comunicação clara, assertiva, leva o casal a se fechar no próprio ressentimento, num processo de culpabilização mútua, invocando fantasmas do passado, muitas vezes pela insegurança de um dos parceiros e não do casal, dentro de um ciclo vicioso que contamina outros alicerces.
Papéis estereotipados de imaturidade, num enredo sem graça que, infelizmente, permite que o amor morra antes do final. Ambos perdem.
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