Detento, que cumpria pena no regime semiaberto, cortou alambrados com um alicate arremessado pelos comparsas.
Ao menos um preso fugiu do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Pacaembu na tarde deste domingo (18). O local abriga detentos que cumprem pena no regime semiaberto.
Segundo informações da Polícia Militar, um agente de segurança penitenciária avistou, da torre de vigilância, três pessoas se aproximando do alambrado da unidade – dois dos indivíduos estavam armados com revólveres.
Ainda de acordo com a PM, um alicate foi arremessado para dentro da unidade e um detento conseguiu cortar dois alambrados e fugir.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que um dos comparsas do detento deu tiros para o alto.
O preso e as pessoas que o ajudaram na fuga entraram num Corsa e saíram sentido Flórida Paulista.
O veículo, posteriormente, foi encontrado às margens da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros.
Balas calibre 12 foram encontradas no carro usado na fuga — Foto: Reprodução/TV Fronteira
A PM fez buscas em Pacaembu e em Flórida Paulista. Os trabalhos contaram com apoio de equipes da Força Tática e do helicóptero Águia, mas nenhum suspeito foi localizado.
Testemunhas disseram que viram duas pessoas – sem camisetas e vestidas com calças de cor semelhante as usadas pelos presos – entrarem em uma mata em Flórida Paulista, mas ninguém foi localizado.
No Corsa a polícia encontrou balas calibre 12.
Carro foi abandonado às margens de rodovia — Foto: Reprodução/TV Fronteira
Raio-x
A unidade prisional fica às margens da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros. Tem 5.400 metros quadrados e foi inaugurada em dezembro de 2001.
O CPP de Pacaembu está superlotado. Com capacidade para abrigar 686 presos, conta hoje com 1.914 detentos.
A cidade de Pacaembu conta com outra unidade prisional, a Penitenciária Ozias Lúcio dos Santos, onde cumprem pena detentos do regime fechado.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou, em nota, que "por força da legislação brasileira", as unidades do regime semiaberto não dispõem de muralha nem de vigilância armada.
"A permanência dos reeducandos se deve mais a auto-consciência do que a mecanismos de contenção, tanto que com autorização judicial, eles saem das unidades para se dirigir as residências de seus familiares durante as saídas temporárias", diz a SAP.
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