Umas delas já foi identificada pela Polícia Civil. Instituição religiosa teve a parede frontal pintada com as frases ‘Pode Viado’, ‘Pode Sapatão’ e ‘God is Gay’, que, em inglês, significa ‘Deus é Gay’.
A investigação da Polícia Civil aponta duas mulheres como suspeitas de pichar a Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida, em Teodoro Sampaio. Na parede frontal do templo foram pintadas as frases “Pode Viado”, “Pode Sapatão” e “God is Gay”, que, em inglês, significa “Deus é Gay”.
O delegado Edmar Rogério Dias Caparroz informou ao G1 na tarde desta quinta-feira (4) que uma das mulheres já foi identificada. Com relação a outra suspeita, a polícia continua levantando informações para qualificá-la.
A Polícia Civil segue com o trabalho de investigação ouvindo testemunhas. “O caso avançou bastante. Conseguimos até uma testemunha presencial do fato”, explicou Caparroz.
O delegado ainda acrescentou que o caso foi registrado como crime ambiental previsto no artigo 65 da lei 9.605/98, que consiste em pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano. A pena prevista é de detenção três meses a um ano e multa.
Igreja matriz foi alvo de pichação em Teodoro Sampaio — Foto: Bruna Bachega/TV Fronteira
O caso
A Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida, localizada no Centro de Teodoro Sampaio (SP), foi alvo de pichação na madrugada desta quarta-feira (3).
Na parede frontal do templo religioso, foram pintadas em tinta vermelha as frases “Pode Viado”, “Pode Sapatão” e “God is Gay”, que, em inglês, significa “Deus é Gay”.
O padre Evandro Carbonário compareceu à Delegacia da Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência sobre o caso.
De acordo com o registro policial, a pichação ocorrida durante a madrugada foi constatada na manhã desta quarta-feira.
Igreja matriz foi alvo de pichação em Teodoro Sampaio — Foto: Bruna Bachega/TV Fronteira
Carta aberta
Em uma carta aberta divulgada sobre o caso, o padre responsável pela paróquia, Evandro Carbonário, diz que “o respeito pelo bem da comunidade e pelo sentimento religioso foram feridos”.
Ele pede ainda que “não se faça justiça com as próprias mãos”. E complementa: “Manifesto minha revolta com este ato de vandalismo diante da pichação de palavras agressivas feita na igreja.”
O padre cita também que a comunidade está aberta a todas as pessoas, sem distinção.
A paróquia informa ainda que a comunidade terá de arcar com os custos de manutenção do prédio da igreja, com nova pintura.
“Fica aberta a pergunta se este ato de vandalismo seria expressão de intolerância religiosa ou apenas expressão de um tempo marcado por agressões ao outro?”, questiona a carta.
O padre aponta também que pichar a fachada do “Templo da Igreja chama imediatamente a atenção para determinada causa”, mas diz que “atentar contra o local de culto é crime".
O padre comenta ainda que “seria bom se [o vandalismo] fosse apenas a expressão pueril de quem ainda não amadureceu suficiente para a vida social, cuja acolhida e correção serão pedagógicos. Pior será se ele expressar um projeto de militância contrária aos valores que até agora nortearam a sociedade brasileira”.
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