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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Fiscalização da Agência ocorreu no aeroporto de Salvador, após denúncia.


Uma aeronave que, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), prestava serviço de táxi aéreo irregular, também conhecido como transporte aéreo clandestino, foi interdidata pelo órgão no aeroporto de Salvador, após denúncia anônima. O caso ocorreu na quarta-feira (17).
A aeronave iria embarcar para o aeroporto de Congonhas (SP) e, segundo a Anac, entre os passageiros estava a cantora Claudia Leitte. A assessoria da artista informou que a cantora não foi prejudicada. Ela foi colocada em outro voo e já está em São Paulo.
Em contato com o G1, o dono da aeronave, o empresário Wallysson Henrique disse que não presta serviço de táxi aéreo e que estava dando uma espécie de carona a Claudia Leitte, com quem tem relações comerciais. O marido dela, Márcio Pedreira, também estava no voo.
"Tínhamos acabado de fechar um contrato. Estávamos voltando para São Paulo. Eu falei para eles irem comigo porque era meu caminho. Eu ia para São Paulo e depois para Minas Gerais. Já fiz outras vezes para outros artistas", afirmou Wallysson.
Claudia Leitte será uma das atrações do aniversário de Maricá, no RJ — Foto: DivulgaçãoClaudia Leitte será uma das atrações do aniversário de Maricá, no RJ — Foto: Divulgação
Claudia Leitte será uma das atrações do aniversário de Maricá, no RJ — Foto: Divulgação
A Agência Nacional de Aviação informou que a interdição ocorreu um dia após o órgão federal receber a denúncia. A ação faz parte da campanha "Voe seguro, não use táxi aéreo clandestino".

A Anac detalhou que, na ação, a aeronave de matrícula PR-OLB, só poderia ser utilizada para transporte privado.
Entretanto, durante a fiscalização, foi constatado que a empresa e a aeronave não possuíam autorização para prestar serviços de táxi aéreo e, portanto, não poderiam realizar transporte remunerado por não garantirem as condições necessárias de segurança desse tipo de operação.
Wallysson informou que a aeronave está em nome de uma empresa agrícola dele, mas que pode ser usada para fins pessoais, e que não houve pagamento para o transporte da cantora e dos outros passageiros.
"O fato da minha aeronave hoje estar em nome da agropecuária não me impede de levar outra pessoa. Isso não é proibido pela regulação da Anac. Eu estava no voo, mas o funcionário da Anac não quis me ouvir", relatou o dono do avião.
Além da interdição do avião, a Agência informou que foram suspensas as habilitações dos dois pilotos responsáveis pela operação. Conforme disse a Anac, um processo administrativo foi instaurado e, após conclusão da investigação, os pilotos e o operador da aeronave poderão ser multados e ter as licenças e certificados cassados.
Além da aplicação de sanções administrativas, a Anac informará o caso ao Ministério Público e polícia para as medidas cabíveis. A Anac destaca que a operação irregular de táxi aéreo, também conhecida como táxi aéreo pirata, é uma infração ao Código Brasileiro de Aeronáutica e pode configurar crime.
Nos últimos meses, a Anac disse que intensificou o combate ao táxi aéreo clandestino. Informou que, no dia 29 de setembro, a agência interditou pela segunda vez a aeronave que transportaria a cantora Anitta pelo mesmo motivo.
Nas ações de fiscalização, este ano, já foram interditadas aeronaves utilizadas pela cantora Marília Mendonça, pela dupla Maiara e Maraisa e pelo cantor Amado Batista.

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