Dois anos após desocupação, estrutura tem sido invadida 'com frequência', dizem funcionários de hotéis da região.
Dois anos após a operação policial que retirou quase 200 pessoasque ocupavam irregularmente os 14 andares do antigo hotel Torre Palace, no centro de Brasília, o local voltou a ser frequentado por usuários de drogas.
Clientes e funcionários de outros empreendimentos do Setor Hoteleiro Norte – área considerada nobre – afirmaram ao G1 que, apesar de o prédio estar com todas as entradas do térreo fechadas por blocos de concreto, "há pessoas que escalam as paredes para acessar a parte de cima".
A invasão começou em 2015. Há dois anos, em junho de 2016, uma operação da Polícia Militar concluiu a reintegração de posse do edifício. A área é particulas, mas o governo disse que precisou agir porque o caso "envolvia questões de competência do Estado" – saúde pública, por exemplo.
A reportagem não localizou a defesa dos proprietários. O terreno é alvo de disputa judicial relacionada à herança deixada pelo antigo dono do hotel (entenda abaixo).
Reflexos
Atualmente, além do medo de uma nova ocupação, os responsáveis pelos hotéis vizinhos relatam "assaltos constantes, clima de insegurança e risco sanitário".
Segundo o síndico do Nobile Suíte Monumental, Jorge Gomes, os invasores escalam pela fachada virada para o Eixo Monumental, e "continuam morando no prédio".
"Ainda existe uma invasão de poucas pessoas, usuários de drogas. Os problemas no Torre Palace ainda acontecem, é uma coisa rotineira."
Em abril, Gomes enviou ofícios a órgãos do governo do DF para pedir a limpeza do interior do edifício – na tentativa de, ao menos, evitar riscos à saúde de quem frequenta a área. Segundo ele, apesar da solicitação, equipes "fizeram apenas uma vistoria externa".
"A cobertura e os andares de baixo do prédio estão com água parada. Todos os órgãos vieram mas, na prática, nada foi feito", afirma o síndico do hotel.
Ainda de acordo com Gomes, dos 40 funcionários do Nobile Suíte, 10 tiveram dengue no intervalo de um ano. "Isso indica alguma coisa".
Em nota, o governo afirmou que o Torre Palace "não apresenta mais risco estrutural". Como medidas para o controle dos aspectos sanitários do local, o comunicado cita a "dedetização, retirada de entulhos e retirada de material combustível – como gás de cozinha". A última ação foi registrada em 2016.
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