Corporação foi acionada para o atendimento da ocorrência, em que o animal estava em situação de risco. Mamífero foi solto em habitat natural.
Um tamanduá-mirim foi capturado pelo Corpo de Bombeiros no distrito de Primavera, em Rosana. De acordo com informações divulgadas pela corporação nesta terça-feira (26), o animal estava no quintal de uma residência.
Os bombeiros foram acionados para o atendimento da ocorrência onde o mamífero estava em situação de risco, nesta segunda-feira (25). Após a captura, o tamanduá foi transportado e solto em habitat natural, ainda segundo a corporação.
O tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), ao contrário de outras espécies, ainda é um mamífero preservado na fauna brasileira. Mas pesa contra a sua manutenção uma atividade cada vez mais frequente em seu habitat: a redução das florestas em função das queimadas, o que geralmente elimina a sua principal fonte de alimento: formigas, cupins e larvas.
Aliás, para se alimentar, normalmente ele utiliza uma técnica bastante simples: vale-se de suas fortes garras para fazer buracos no cupinzeiro e, com a língua pegajosa, capturar os insetos, guiado sobretudo por um olfato apuradíssimo, que compensa as fracas visão e audição.
Um tamanduá-mirim adulto come até 9 mil insetos/dia ou 1,5 quilo de formigas e cupins.
Este animal é também frequentemente ameaçado por outras ações do homem, direta ou indiretamente, como os atropelamentos em rodovias próximas ao seu ambiente natural, e ao frequente ataque de cães domésticos.
O grande problema é que, em função de seus baixos níveis metabólicos, o tamanduá-mirim tem longos períodos de gestação e um número reduzido de crias, daí a preocupação constante com o seu bem-estar. A gestação do animal é de 130 a 150 dias.
Em função de seus hábitos noturnos, dificilmente é visto de dia. São mamíferos essencialmente solitários, que só encontram um par na época do acasalamento. Tanto que de 350 a 400 hectares pode-se encontrar dois animais da mesma espécie.
Como característica física principal, ele possui cabeça, pernas e parte anterior do dorso com uma coloração típica, amarelada. Já o restante do corpo é negro, formando uma espécie de colete. O tamanduá-mirim pesa até 5 quilos e vive aproximadamente 9 anos.
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