Parentes devem entrar em contato com a unidade prisional a partir desta quarta-feira (2). Detentos fizeram uma rebelião no local, na última semana, que durou quase 22 horas.
A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP) informou ao G1 na tarde desta terça-feira (1º) que a partir desta quarta-feira (2), os familiares dos presos da Penitenciária de Lucélia devem ligar para a unidade para saber se seu parente foi transferido e para onde. Na semana passada, uma rebelião dos detentos da penitenciária durou quase 22 horas e fez três defensores públicos reféns.
O telefone geral da unidade prisional de Lucélia é (18) 3551–3000.
A SAP também informou ao G1 que não procede qualquer informação sobre desativação da Penitenciária de Lucélia. “Como já informado, estão sendo realizados procedimentos de manutenção nas redes elétricas e hidráulicas que foram danificadas. Foram realizadas transferências de alguns presos para adequação da unidade”, esclareceu a secretaria.
De acordo com a SAP, a Penitenciária de Lucélia possui capacidade para abrigar 1.440 presos, mas até a rebelião contava com uma população carcerária de 1.820 homens.
A unidade também dispõe de uma ala de progressão penitenciária, que tem capacidade para 110 presos e abrigava 126.
Rebelião
A rebelião na Penitenciária de Lucélia teve início na tarde da última quinta-feira (26). Os três defensores públicos tomados como reféns pelos amotinados foram liberados, individualmente, às 10h, 11h20 e 12h da sexta-feira (27). De acordo com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, cerca de 30 presos ficaram feridos durante o motim.
Equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), uma espécie de "tropa de elite" que atua em situações críticas no sistema prisional paulista, compareceram ao local para o acompanhamento da rebelião. O Ministério dos Direitos Humanos mobilizou a Secretaria Nacional de Cidadania e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos para atuar no caso.
Os canais de denúncias de violações de direitos humanos da Ouvidoria Nacional registraram 20 denúncias sobre a rebelião.
A Secretaria da Administração Penitenciária deu como encerrada a rebelião às 12h, após a liberação do último refém.
A pasta estadual ressalvou que não houve a necessidade da atuação do GIR na unidade e que os danos à penitenciária e o número de presos feridos ocasionados pelo ato ainda estão sendo levantados.
Ainda segundo a SAP, foi aberto um Procedimento Apuratório Disciplinar para a averiguação dos fatos.
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