Segundo a corporação, não há interdição das vias em nenhum dos locais de manifestação nesta quarta-feira (23). Motoristas reivindicam a redução nos preços do óleo diesel.
Um um balanço divulgado na tarde desta quarta-feira (23), a Polícia Militar Rodoviária registra nove pontos de manifestações de caminhoneiros na região de Presidente Prudente. No total, segundo a corporação, as mobilizações contam com a participação de mais de 700 veículos.
Segundo a polícia, em nenhum dos locais há interdição das vias. A greve dos caminheiros, que é contra o aumento nos preços do óleo diesel, chegou nesta quarta-feira (23) ao seu terceiro dia.
Confira abaixo os pontos de paralisação na região de Presidente Prudente:
- no km 570,700 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Prudente, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, com o envolvimento de 275 caminhões;
- no km 620 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Venceslau, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, com o envolvimento de 50 caminhões;
- no km 41 da Rodovia Olímpio Ferreira da Silva (SP-272), em Mirante do Paranapanema, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, com o envolvimento de 15 caminhões;
- no km 9 da Rodovia José Batista de Souza (SP-483), em Taciba, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, com o envolvimento de 40 caminhões;
- no km 574 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Osvaldo Cruz, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, com o envolvimento de 150 caminhões;
- no km 658 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Tupi Paulista, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, com o envolvimento de 60 caminhões;
- no km 0 da via de acesso SPA-000 à Rodovia General Euclides de Oliveira Figueiredo, a Rodovia da Integração (SP-563), em Teodoro Sampaio, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, com o envolvimento de 40 caminhões;
- no km 521,500 da Rodovia Homero Severo Lins (SP-284), em Rancharia, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, com o envolvimento de 60 caminhões;
- e no km 16,500 da Rodovia Júlio Buduski (SP-501), em Álvares Machado, em ambos os sentidos, mas sem a interdição da via, com o envolvimento de 15 caminhões.
Supermercados
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informou que as paralisações dos caminhoneiros autônomos já causam desabastecimento nos supermercados, em especial, de itens de frutas, legumes e verduras, que são perecíveis e de abastecimento diário.
Segundo a entidade, carnes e produtos industrializados que levam proteínas no processo de fabricação já estão com as entregas comprometidas pelos atrasos no reabastecimento.
A Apas salientou que espera “resoluções imediatas para que a população não sofra com a falta de produtos de necessidade básica”.
Em nota ao G1, a entidade também avaliou o impacto dos preços do diesel, que motivam a greve.
“Os combustíveis afetam a logística de distribuição em geral, pois o Brasil é um país dependente de rodovias”, ressaltou a Apas ao G1.
“Para se ter uma ideia, o custo logístico consome cerca de 13% do PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil. Por conta disso, e com os supermercados cada vez mais capilarizados, os constantes aumentos no preço dos combustíveis podem causar sim uma pressão muito forte nos distribuidores e na indústria, afetando o preço no varejo”, concluiu a entidade ao G1.
Ceagesp
Sobre a greve dos caminhoneiros e os reflexos na comercialização de produtos no Entreposto Terminal São Paulo, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) informou em nota ao G1 que foi observado que alguns produtos começam a ter problemas na oferta/chegada.
Na segunda-feira (21/5), 1º dia de greve, boa parte dos fornecedores/produtores anteciparam as entregas de mercadorias desde o final da tarde de domingo. Assim, não houve registro de problemas de abastecimento na segunda-feira.
Como terça-feira é o dia de menor movimentação na Ceagesp, somente a batata registrou problemas no meio do dia nesta terça-feira (22).
Nesta quarta-feira (23) com a previsão de grande movimentação, foram percebidos diversos problemas, como a entrada de produtos provenientes de outros estados e que encontram mais dificuldade de acesso. Alguns desses produtos são a manga e mamão, provenientes da Bahia e Espírito Santo, o melão do Rio Grande do Norte, a melancia de Goiás e a batata do Paraná, entre outros, conforme a Ceagesp.
A produção vinda do interior de São Paulo não apresenta problemas (citros, verduras e boa parte dos legumes), segundo a Ceagesp.
Os produtos que permitem estocagem (maçã, pera, abóboras, coco verde, alho, cebola, etc.) sofrem menos no curto prazo, mas, no médio/longo prazo, com a manutenção da greve, também podem sofrer desabastecimento.
“Da mesma forma que a oferta apresenta problemas, a demanda também está prejudicada. Compradores que carregam para outros estados, não estão realizando negócios. Esse ‘equilíbrio’ faz com que os preços não apresentem aumentos exorbitantes, mas alguns produtos já registram altas, como a batata, por exemplo”, finaliza a nota enviada ao G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!