Homem foi preso em flagrante pelo homicídio. Thaynara Gonçalves conta que sofria agressões durante o casamento.
A dona de casa Thaynara Gonçalves, de 21 anos, diz que o ex-marido, preso suspeito de matar a filha de 2 anos e 6 meses com um golpe de foice, sempre foi violento durante o casamento, mas não imaginava que ele pudesse fazer qualquer coisa contra a filha. “Ele é um monstro, não é um homem”, disse. O lavrador Fabiano Medeiros, de 27 anos, foi detido em flagrante em Minaçu, no norte de Goiás, na terça-feira (29).
Thaynara e Fabiano foram casados por um ano e tiveram a Ana Julya. A jovem conta que durante o relacionamento, sofria agressões por parte do rapaz. “Ele me batia, fugi várias vezes. Uma vez quase me matou quando estava grávida ainda. Foi por isso que separei”, contou.
Apesar disso, ela não esperava que ele pudesse fazer qualquer coisa contra a filha. “Ele era violento comigo, não com ela. Tanto que a Ana Julya sempre ia para a casa dele, voltava, não acontecia nada. Então isso causa uma revolta”, contou.
Mesmo depois de separada, ela conta que sofria ameaças do ex-marido. “Ele estava sempre bêbado, ou tinha fumado maconha, então não chegava a denunciar porque achava que isso era porque ele tinha bebido”, completou.
O crime aconteceu na terça-feira (29). Segundo a Polícia Civil, o homem contou que estava deprimido, sentindo falta da filha e pediu para vê-la. A ex-sogra de Thaynara, então, buscou a menina na casa da mãe e levou até a residência de Fabiano.
No local, segundo a corporação, ele golpeou a menina com uma foice na cabeça. A mãe da vítima diz que não tem suspeita do que levou o ex a cometer o crime.
A família de Thaynara, no entanto, acredita que o crime foi causado por ciúmes. “A Thaynara já tinha casado novamente, teve um filho há sete dias, já está com um novo relacionamento há um ano e ele não aceitava”, contou a irmã de Thaynara, Rosania dos Santos Rosa.
O delegado responsável pelo caso, André Luís Barbosa Campos Medeiros, explicou que o homem não quis prestar depoimento ao ser preso. Ele foi conduzido, então, ao presídio de Minaçu.
“Ainda vamos tentar ouvi-lo novamente, ouvir outros familiares para tentar entender o motivo do crime. Também devemos, na próxima semana, pedir laudos periciais para saber se ele realmente estava com depressão e se usava drogas”, afirmou.
O corpo de Ana Julya está sendo velado na casa dela, em Minaçu. O enterro vai acontecer na quinta-feira (31), no cemitério municipal.
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