Pesquisa ainda realiza testes no leste do país para averiguar a segurança da imunização contra a doença. Novos casos foram detectados na República Democrática do Congo
Um grupo de cientistas do Quênia garantiu ter descoberto duas vacinas contra o ebola, que estão sendo testadas em seres humanos para comprovar se há efeitos secundários, informou nesta segunda-feira (28) o jornal "The Standard".
Os pesquisadores, que pertencem ao Instituto de Pesquisa Médica do Quênia (Kemri, na sigla em inglês), estão realizando testes no leste do país para avaliar a segurança das vacinas, que seriam utilizadas contra duas cepas diferentes do vírus ebola.
"Queremos averiguar como o sistema imunológico do corpo responde às vacinas", explicou um dos cientistas da equipe, Josephat Kosgei.
A segunda fase do estudo começou em março de 2017, com 122 participantes que receberam ambas as vacinas. Agora, os cientistas vão aguardar outros seis meses para começar a analisar os dados coletados.
O diretor do laboratório onde estão sendo testadas as vacinas, Fredrick Sawe, afirmou que o estudo é uma "conquista" na busca de uma vacina contra o ebola.
"Para saber que a vacina contra o ebola está funcionando, é necessário administrá-la a uma comunidade que tem ebola", assinalou Sawe.
O ebola voltou a causar alarde nas últimas semanas no noroeste da República Democrática do Congo (RDC), onde um surto já causou 12 mortes confirmadas – um número que chega a 25 se forem levadas em conta todos as mortes com sintomas da doença – e 35 casos positivos.
O surto de ebola, que foi detectado em princípio nas zonas rurais e depois alcançou a área urbana de Mbandaka, é o nono na RDC desde a descoberta do vírus em 1976 nesse mesmo país, que então se chamava Zaire.
Na RDC está acontecendo uma campanha de imunização na qual está sendo utilizada a vacina experimental rVSV-ZEBOV, que já foi testada em Guiné após a epidemia de 2014 a 2016.
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