Universitária Juliana Oliveira, de 18 anos, morreu após 11 dias internada em hospital em Fortaleza.
O agricultor suspeito de incendiar a família matando a ele próprio e a filha de 18 anos havia comprado combustível horas antes do crime e o espalhou por toda a residência, conforme o delegado Bruno Sampaio, responsável pela investigação em Assaré, cidade onde ocorreu o crime.
O velório e o sepultamento de Juliana Oliveira ocorreram nesta quinta-feira (22), um dia após a morte da estudante. O delegado Bruno Sampaio revelou à TV Verdes Mares que o pai da família, João Batista de Oliveira, havia bebido antes do crime, chegou à casa por volta das 18h do dia 9 de fevereiro e incendiou o local com toda a família: a mulher, Juliana Oliveira e um outro filho, de 11 anos.
João Batista sofreu queimaduras em 95% do corpo e morreu na madrugada de segunda-feira (19).
Os sobreviventes recebiam atendimento no Hospital Instituto Doutor José Frota, em Fortaleza, e receberam alta nesta quarta (21), no mesmo dia em que souberam da morte da garota.
"Vamos aguardar essa fase de luto e de recuperação total dos sobreviventes para ouvir a mulher e o filho, que são as principais testemunhas desse crime bárbaro", disse o delegado. Segundo testemunhas relataram ao policial, a mulher de João Batista havia pedido um divórcio, e ele não aceitou.
'Ela estava melhorando'
O velório e sepultamento da estudante mobilizaram vários moradores de Assaré, que compareceram ao cemitério São Sebastião. A mãe e o irmão da garota estiverem presentes, mas preferiram não conversar com a imprensa. Os amigos e familiares contam que tinham esperança na recuperação de Juliana.
"Sempre a notícia era de que ela estava melhorando um pouquinho, estava abrindo os olhos, estava começando a ouvir. Tanto que quando eu conversei, ela reagiu um pouco, e senti como se ela tivesse me escutando, então [a morte de Juliana] foi um baque pra família todinha. É muito difícil aceitar, porque ela é muito nova, estava fazendo faculdade, todo mundo está muito abalado", diz a prima Camila Alencar.
"No momento em que aconteceu [o incêndio na residência], que eu soube do incidente, a única reação que eu tive foi chorar desesperadamente, porque eu não sabia o que tinha acontecido, mas nunca esperaria que isso iria acontecer", lamenta o amigo José Paulo da Silva.
Juliana era estudante de Economia na Universidade Regional do Cariri (Urca).
Resgate
O incêndio na residência foi percebido primeiramente pelos vizinhos, que arrombaram a porta da casa e fizeram o resgate da família. Francisco Lima, que mora na mesma rua das vítimas, disse à TV Verdes Mares que Juliana foi a primeira a ser retirada do local. Ela ainda estava com as roupas em chamas e teve queimadura em 85% do corpo.
Outro vizinho disse que o suspeito es bêbado no momento do crime. Ainda segundo esse vizinho, a mulher pediu a separação, mas o agricultor não aceitou.
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