Translate

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Família suspeita que namorado matou servidora pública em Goiânia após briga por dinheiro de venda de carro

R$ 17 mil que teriam sido obtidos com negociação não foram encontrados na conta da vítima. Comerciante confessou crime e disse que casal havia discutido por causa de vídeo pornô.


A família da servidora pública Giselle Evangelista, que foi encontrada morta no apartamento do namorado, em Goiânia, na última sexta-feira (16), suspeita que o crime possa estar relacionado ao dinheiro da venda de um carro dela. O comerciante José Carlos de Oliveira Júnior foi preso no domingo (18) e confessou o assassinato. O homem afirmou que o casal brigou por causa de um vídeo pornográfico que ele recebeu pelo celular.
Porta-voz da família, o advogado Silvio Hideki Nishi disse que o valor da venda do carro não está na conta da vítima e a suspeita da família é que o dinheiro esteja com o suspeito. A negociação aconteceu no ano passado, mas a data não foi informada. O G1 tenta localizar a defesa do comerciante.
Giselle Evangelista, de 38 anos, foi encontrada morta em apartamento Goiânia Goiás (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)Giselle Evangelista, de 38 anos, foi encontrada morta em apartamento Goiânia Goiás (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
Giselle Evangelista, de 38 anos, foi encontrada morta em apartamento Goiânia Goiás (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
"Viemos trazer a documentação desse veículo para a Polícia Civil. Ele foi vendido por R$ 17 mil e não há sinal desse dinheiro. Então, a suspeita é que o namorado dela esteja com esse valor e isso motivou a briga entre eles, não essa história de ciúmes e vídeo pornográfico", disse.
Nishi informou que, por desejo da família, já pediu ao Ministério Público para atuar como assistente de acusação durante o processo. Além disso, ele disse que vai apresentar ao delegado indícios de que o comerciante tinha histórico de violência contra mulheres.

"Queremos garantir que o processo tenha elementos suficientes para uma condenação alta", afirmou o porta-voz.

O crime

corpo de Giselle foi localizado na tarde de sexta, no apartamento do comerciante, na Vila Alpes, por familiares. Eles contaram que não conseguiram contato com a servidora nem com o namorado. Então, foram até o prédio dele, em busca de informações e se depararam com a mulher já sem vida.
Vídeo mostra mulher e namorado, suspeito de matá-la, horas antes do corpo ser achado
Horas antes da vítima ser encontrada, câmeras de segurança do condomínio flagraram o casal passando pelo saguão. Depois, José Carlos foi visto saindo sozinho.
Autuado por feminicídio, ele pode pegar uma pena que varia entre 12 e 30 anos de prisão.

Confissão

Júnior fugiu após o crime e foi localizado na noite de sábado em uma mata de Pirenópolis. Ele disse que matou a namorada durante uma briga por ciúmes. Ele afirmou que recebeu um vídeo pornográfico em um grupo de mensagens em celular, o que teria incomodado Giselle.
"Tudo gerava briga, ciúmes. Eu não perdi a cabeça naquele dia, já tinha perdido há muito tempo", declarou durante entrevista à imprensa na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios.
Horas depois da declaração, o comerciante participou de uma audiência de custódia. Na ocasião, o juiz da 7ª Vara Criminal de Goiânia, Oscar de Oliveira Sá Neto, determinou que o comerciante continuasse preso.

Advogado de Júnior, Wesley Pereira das Dores afirmou que já prepara o recurso para recorrer da decisão. Ele alega que o cliente não tem capacidade para responder pelo crime.
"Vamos providenciar os laudos psicológicos dele e comprovar sua incapacidade mental, e, em momento posterior, nós vamos providenciar as medidas cabíveis. A informações passadas pelos familiares é que ele tem problema mental", afirmou.

Família abalada

Quando o preso saiu da sala da audiência de custódia, familiares e pessoas que aguardavam o resultado no corredor do Fórum se revoltaram. Imagens mostram quando as pessoas saem correndo atrás do preso, que estava escoltado por policiais militares. As pessoas o chamavam de "assassino" enquanto ele era levado para fora do prédio.
Algumas pessoas precisaram ser contidas para não se aproximar. Filho da vítima, o estudante Hian Evangelista Gonçalves Ferreira, de 19 anos, passou mal ao ver o suspeito do crime e foi amparado pelos parentes.
Veja outras notícias da região no G1 Goiás.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!

Casa Branca confirma morte de filho de Osama bin Laden

Hamza bin Laden, também era conhecido como 'príncipe-herdeiro da Jihad'. Operação que o matou aconteceu entre o Afeganistão e o P...