Aviões participarão de exercícios militares; Pyongyang ameaça ‘guerra nuclear’
SEUL — As tensões na Península Coreana escalaram neste fim de semana com o desembarque de modernos caças americanos para exercícios conjuntos com forças sul-coreanas. Em comentário publicado no jornal estatal “Rodong Sinmun”, Pyongyang classificou a movimentação militar planejada para esta semana como uma “provocação perigosa” que leva a região para a “beira de uma guerra nuclear”.
Um oficial da Coreia do Sul confirmou à CNN que os EUA estão enviando dezenas de caças de última geração, indetectáveis por sistemas de radar, além de bombardeiros e aviões de apoio. Os exercícios irão reunir cerca de 230 aeronaves e 12 mil militares americanos e sul-coreanos, segundo comunicado divulgado pela Força Aérea americana.
— Os aviões americanos que pousaram na Coreia do Sul incluem seis F-22, seis F-35 e seis EA-18G — afirmou a fonte. — Mais de dez F-15C e F-16 também foram enviados para o exercício.
As aeronaves irão ficar na Coreia do Sul durante toda a semana, e serão reforçados por mais caças F-35 da Marinha, baseados no Japão, além de bombardeiros B-1 e aviões de comando e controle E-3, que chegarão à região para participar do treinamento e depois retornarão a suas bases. Para especialistas, é a presença dos caças F-22 e F-35 que mais preocupa Pyongyang.
As forças militares lideradas por Kim Jong-un possuem armamentos antiaéreos instalados, mas esses caças não são identificados pelos radares. Numa situação de guerra, os F-22 e F-35 seriam utilizados para liderar a campanha aérea contra a Coreia do Norte, destruindo os sistemas de defesa sem serem detectados.
No comentário publicado pelo jornal estatal, Pyongyang alertou que os exercícios miliares mostram que “os movimentos dos inimigos para iniciar uma guerra nuclear alcançaram num nível perigoso”.
“É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a República Popular Democrática da Coreia, que pode levar a uma guerra nuclear a qualquer momento”, disse o comunicado.
No sábado, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Herbert Raymond McMaster, afirmou que o regime de Kim Jong-un é “a maior ameaça imediata aos Estados Unidos” e que o risco de uma guerra aumenta a cada dia.
— Eu acho que aumenta todos os dias, o que significa que estamos numa corrida, realmente, uma corrida para sermos capazes de resolver esse problema — afirmou McMaster, que não descartou uma saída diplomática. — Existem maneiras de abordar este problema sem o conflito armado, mas é uma corrida porque Kim Jong-un está cada vez mais perto, e não temos muito tempo.
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