Cerca de 1.500 militares estão responsáveis pelo cerco nas comunidades e baseados em pontos estratégicos.
Os polícias Federal, Militar e 1.500 homens das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) deflagraram, na madrugada desta quinta-feira (30), uma operação nas comunidades Vila Joaniza e Barbante, na Ilha do Governador.
As Forças Armadas são responsáveis pelo cerco nas comunidades e estão baseadas em pontos estratégicos. Algumas ruas da região e o espaço aéreo estão interditados, mas isso não está causando interferência nas operações dos aeroportos.
Algumas escolas da região suspenderam as aulas. Até o momento, não há registro de presos, mas uma pessoa teria sido levada para a delegacia para averiguação.
Ataque a posto da PM na Vila Joaniza
Desde segunda (27), a polícia realiza operações no Morro do Barbante. As ações acontecem depois que traficantes da comundiade decidiram acabar com a presença da PM na favela e expulsaram os PMs do prédio do Posto de Policiamento Comunitário da Vila Joaniza no sábado (25).
Cerca de 40 criminosos depredaram o prédio, como uma espécie de vingança, já que a PM teria impedido a realização de um baile funk na favela. Durante o ataque, dois policiais que estavam no local tiveram de se abrigar no fundo do posto. Eles precisaram ser resgatados com o apoio do Batalhão de Choque.
Os criminosos atiraram várias vezes contra o posto, que foi totalmente destruído e teve a fachada pichada com siglas de uma facção criminosas.
Garantir a segurança, segundo as Forças Armadas
De acordo com o Coronel Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste, a ação têm como objetivo garantir a segurança na área.
“Nos últimos dias, a população da Vila Joaniza e da comunidade do Barbante têm sofrido com ações afrontosas da criminalidade e, nesse contexto, a Polícia Militar solicitou o apoio das forças armadas, para que pudéssemos realizar uma operação de cerco, monitorar os acessos, para evitar a fuga e a chegada de qualquer reforço para a criminalidade desse local”, explicou o militar.
Segundo o porta-voz, a revista de quem passa pela área faz parte do protocolo. “É um incômodo é sempre necessário para que aumente a segurança para as pessoas,” destacou.
Funcionamento de escolas
As escolas estaduais na região estão funcionando normalmente. A Secretaria Municipal de Educação informou que as unidades da Ilha do Governador que são próximas ao Morro do Barbante não estão funcionando nesta quinta, em um total de 660 alunos sem aulas.
Operações em outras comunidades
As tropas federais já realizaram operações no Morro do Lins, no Complexo do Jacarezinho, na Favela da Rocinha, no Morro dos Macacos e no Complexo de São Carlos. No dia 27 do mês passado, uma ação com 1,7 mil homens fez uma varredura na região dos morros de São Carlos, Zinco, Querosene e Mineira, no Centro do Rio. Os militares chegaram na região por volta das 3h30 e foram recebidos a tiros por traficantes.
Os agentes procuravam por criminosos que há cerca de 50 dias invadiram a favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio. Os policiais também procuram por esconderijos de armas e munição. Segundo a Polícia Civil, foram 12 presos em flagrante, quatro por cumprimento de mandados e quatro que já estavam presos e receberão nova imputação criminal.
No início do mês, as tropas federais fizeram uma grande operação no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Um dos principais objetivos dos agentes era a prisão de Leandro Nunes Botelho, o Scooby, considerado o chefe do tráfico de drogas na região.
Ele tem ligação direta nas disputas entre traficantes da Rocinha, que chegou a ser ocupada em setembro pelas Forças Armadas após várias trocas de tiros. A recompensa oferecida que leve à prisão pelo traficante Scooby é de R$ 30 mil e pelos outros criminosos é de R$ 1 mil. No dia 22 de setembro, as tropas federais começaram a ocupar a Rocinha para conter uma guerra entre traficantes rivais na comunidade.
Em agosto, agentes das forças armadas e as polícias prenderam 16 suspeitos, inclusive um soldado do Exército, em uma operação no conjunto de favelas do Jacarezinho, na Zona Norte. Segundo a polícia, foram cumpridos 15 mandados de prisão e uma pessoa foi presa em flagrante. Durante a operação, foi preso o soldado recruta do Exército Matheus Ferreira Lopes Aguiar, de 19 anos, suspeito de vazar informações das operações para traficantes do Rio.
Em agosto, as forças armadas realizaram a primeira ação conjunta no Rio depois que o presidente Michel Temer assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autorizou a atuação das tropas no estado.
Durante a operação no Complexo do Lins, na Zona Norte, dois homens morreram e pelo menos 18 foram presos. A Operação Onerattinha como principal objetivo combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas. Cerca de 5 mil homens tentaram cumprir 55 mandados: 40 de prisão e 15 de busca apreensão.
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