Rapaz de 29 anos foi detido após tentar agarrar dois alunos na Escola Municipal Professor Affonso Basile, em Angatuba. Horas depois ele tentou ameaçar funcionários de um posto de saúde.
A professora da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Professor Affonso Basile, que teve a sala de aula invadida por um homem armado com faca nesta quarta-feira (25), em Angatuba (SP), contou ao G1 que foi assustador quando percebeu que o rapaz tentou agarrar dois de seus alunos. Para Yeda Carla Abílio Ribeiro, a situação poderia ter resultado em tragédia.
“Foi muito assustador. Podia ter sido uma tragédia, como tantas que tem acontecido dentro de escolas. Estava dando aula e quando percebi, ele já estava dentro da sala, tentando levar dois alunos. Ele alegava que era pai dos dois, porém estava muito alterado e agressivo”, diz.
O homem, de 29 anos e que é natural do Piauí, chegou a ser encaminhado para a delegacia após invadir a escola, no bairro Bom Retiro da Esperança. Horas depois ele foi detido novamente por ameaçar funcionários em um posto de saúde e tentar entrar em outra escola.
Um boletim de ocorrência por perturbação de sossego foi registrado após familiares informarem à polícia que o jovem necessita de remédios para controlar o comportamento e sofre de problemas mentais.
De acordo com Yeda, a primeira coisa que ela pensou foi tentar rretirar o homem da sala e manter a calma.
“Não sei de onde tirei tanta calma, mas graças a Deus eu consegui convencer ele a sair da sala e que fosse até a diretoria, que se ele realmente fosse pai das crianças, que apresentasse seus documentos na diretoria”, explica.
Ainda segundo a professora, esta foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu na unidade de ensino.
“Foi um susto, pois é uma pessoa estranha que você não sabe o que quer dentro da sua sala. Quando as crianças estão em na escola, elas estão sob nossos cuidados, estão sob nossa responsabilidade. Trabalho seis anos nesse complexo e foi a primeira vez. Ainda bem que não aconteceu nada de mais grave”, afirma.
Invasão
Segundo a Polícia Militar, desde as 6h as equipes foram informadas por moradores do bairro Bom Retiro da Esperança, na zona rural, de que um homem com atitude suspeita rondava a escola. O suspeito entrou na escola alegando ser pai de alunos e tentou levar duas crianças de uma sala de aula.
O rapaz saiu da escola e uma equipe o abordou próximo da unidade, disse o soldado. "Durante a revista pessoal, encontramos em sua cintura uma faca com lâmina de aproximadamente 20 centímetros. Fizemos uma pesquisa quanto às passagens criminais, mas não havia nenhum registro em seu nome. Durante a abordagem, ele veio a se exaltar e tentou fugir. A equipe conseguiu contê-lo, algemá-lo e colocá-lo na viatura", ressalta o policial.
O homem foi encaminhado para a delegacia da cidade, onde foi constatado que os filhos dele estão no Piauí e o caso foi registrado como perturbação de sossego. Ele foi liberado na sequência.
O Secretário de Educação, Jorge Paula de Oliveira, afirmou à TV TEM que fará um planejamento para diminuir os acessos à escola. Ele ressaltou, contudo, que não houve falha na segurança.
Ameaça em posto de saúde
De acordo com a Guarda Civil Municipal, horas depois do ocorrido na escola, o homem foi detido novamente por ameaçar funcionários em um posto de saúde e tentar entrar outra escola no Jardim Elisa Volpi.
Ainda segundo a Guarda, o rapaz entrou na unidade alterado, assustou pacientes e ainda teria tentado invadir uma creche que fica perto do local. Ele foi detido em frente da unidade de saúde com comportamento alterado.
De acordo com a Polícia Civil, os investigadores entraram em contato com a mãe dele, que alegou que ele necessita de remédios para controlar o comportamento, sofre de problemas mentais e não teria se medicado. Com isso, foi feito um termo circunstanciado e o rapaz foi liberado.
Ao G1, uma mulher que estava no posto de saúde afirmou que todos se assustaram com o homem.
“Ele entrou gritando, estourando as bexigas que estavam devido à campanha Outubro Rosa, e falando que queria atendimento e medir a pressão. Ele começou a gritar, falar que não estava drogado e querendo os óculos da enfermeira. Depois foi até uma creche. Por sorte, as funcionárias viram e fecharam a porta”, afirmou a mulher, que preferiu não se identificar.
Ainda segundo a Polícia Civil, o homem foi encaminhado a Santa Casa, onde ele foi medicado. Em seguida os policiais o encaminharam direto para sua residência, em Itapetininga (SP), já que um boletim de ocorrência havia sido registrado.
*Sob supervisão de Paola Patriarca/G1 Itapetininga e Região
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