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terça-feira, 10 de outubro de 2017

Polícia investiga se mulher morreu após coronhada de fuzil de policial do Bope

Policiais da 32ª DP (Taquara) impediram há pouco a realização do enterro de Marisa de Carvalho Nóbrega, de 48 anos, que ocorria no cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá. A polícia quer que o corpo passe por um novo exame cadavérico no Instituto Médico-Legal (IML), para averiguar se Marisa morreu em decorrência de uma coronhada de um policial do Bope, durante uma ação da PM na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, no último domingo. A delegacia abriu um inquérito para investigar o caso. A Corregedoria da PM já recebeu a informação e está averiguando o que ocorreu na delegacia.

Segundo parentes, Marisa se envolveu numa discussão com PMs do Bope por volta das 2h de domingo. Um dos filhos da dona de mercearia — que também fazia bicos como empregada doméstica — voltava de uma festa com uma das irmãs quando foi parado pelos policiais na localidade da Cidade de Deus conhecida como Pantanal.
Os policiais, diz a família, agrediram o adolescente, de 17 anos. Marisa dormia em casa e foi avisada por parentes do fato. Foi para o local e discutiu com PMs. De acordo com os parentes de Marisa, um policial deu uma coronhada na cabeça da mulher.
Uma testemunha que presenciou a confusão contou que a pancada da arma atingiu Marisa na nuca. Os PMs, disse ela, usavam luvas cirúrgicas. O adolescente, disse a testemunha, foi agredido porque estava muito bem vestido, segundo os policiais, o que seria um indício de ligação com o tráfico.
Marisa foi levada para uma UPA e, depois, para o Hospital Salgado Filho, no Méier. Ontem, ela morreu. Segundo a família, a certidão de óbito dá como causa da morte um aneurisma.
Um irmão de Marisa, que pediu para não ser identificado, lamentou a situação:
— A família está arrasada. Ela era o alicerce da casa. Tinha cinco filhos e amava muito todos. Isso aconteceu por conta de um policial despreparado que espancou minha irmã.
O enterro de Marisa não tem data para ocorrer. O titular da 32ª DP (Taquara), delegado Rodolfo Waldeck, já está ouvindo testemunhas do caso e informou que convocará para depor os policiais militares que participaram da operação.

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