Acordo que regula os equipamentos de controle de velocidade vence no próximo domingo (10). Politran diz estar 'decepcionada' com a decisão.
A Prefeitura de Presidente Prudente informou ao G1 nesta terça-feira (5) que, conforme parecer da Secretaria de Municipal Assuntos Jurídicos e Legislativos, o contrato com a empresa responsável pela operação dos radares de trânsito na cidade não deverá ser renovado. O contrato vence no próximo domingo (10).
Segundo a nota oficial enviada pelo Poder Executivo ao G1, diante disso uma nova empresa será contratada mediante licitação.
Os equipamentos estão em funcionamento na cidade desde o mês de setembro de 2015. No ano de 2016, foram emitidas 78.249 multas por radares em Presidente Prudente, sendo 33.424 de janeiro a junho e 44.825 de julho a dezembro, de acordo com as informações do Poder Executivo.
Com relação à arrecadação, foram R$ 5.366.057,99 em multas no ano de 2016, segundo a Prefeitura.
Neste ano, o Poder Executivo contabiliza 15.781 multas aplicadas de janeiro a junho.
O trânsito da cidade conta com dez radares fixos e oito “semafóricos”, além de outros dez pontos móveis de fiscalização. No total, são 28 pontos de fiscalização eletrônica. Inicialmente, em 2015, o limite de velocidade nas principais avenidas da cidade estipulado pela Prefeitura era de 50 km/h. Porém, após uma decisão do então prefeito Milton Carlos de Mello “Tupã” (DEM), a velocidade foi alterada para 60 km/h.
A instalação dos radares em Presidente Prudente chegou a ser alvo de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), mas a Justiça negou a liminar requerida pela Promotoria, que pretendia interromper o funcionamento dos equipamentos na cidade.
No mês de junho deste ano, a Justiça aceitou uma ação do MPE que questiona a contratação da empresa de radares.
Empresa
O presidente da Politran, Eduardo Alvarez Conradt, empresa responsável pela operação dos radares na cidade, informou ao G1 nesta terça-feira (5) que tentou conversar e negociar com a Prefeitura uma nova renovação do contrato, mas não obteve sucesso. Ele afirmou que a decisão para a não renovação "é contra a vontade da empresa" e se sente "decepcionado" com a situação.
“Acredito que a nova administração já assumiu com a intenção de trocar a empresa que opera os radares”, declarou Conradt ao G1. Segundo ele, a Prefeitura alegou que pensa em um novo projeto de trânsito na cidade e, mesmo a empresa apresentando tal projeto, não houve decisão positiva para a renovação do contrato.
“Ela [Prefeitura] disse que queria um projeto de monitoramento em tempo real dos equipamentos. Nós apresentamos o projeto e além disso executamos sem custo algum para que fosse feito o experimento. Atualmente seis dos 20 equipamentos transmitem imagens em tempo real para a Polícia Militar”, explicou Conradt.
O presidente da Politran afirmou que, após a implantação dos radares, o número de mortes no trânsito caiu em Presidente Prudente e a falta de monitoramento até que uma nova licitação seja feita pode mudar esse quadro. Conforme ele, a empresa propôs a realização de um contrato por tempo determinado para que a cidade não fique sem monitoramento até que uma nova empresa assuma o serviço, porém, a Prefeitura não forneceu nenhum tipo de resposta.
“Apresentamos essa proposta e nossa esperança é de que, apesar da decisão da não renovação total, a Prefeitura possa fazer esse contrato temporário, para não deixar a população desguarnecida de monitoramento. Caso isso realmente não ocorra, na segunda-feira [11], vamos retirar todos os radares assim como os postes que sustentam os equipamentos em Presidente Prudente”, explicou Conradt ao G1.
O presidente da Politran ainda afirmou que pretende participar da nova licitação para o serviço de radares na cidade. “Quando a licitação for lançada, nosso departamento jurídico vai analisar o edital e, caso esteja de acordo, vamos sim participar da nova concorrência”, concluiu ele.
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