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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Temer: 'vamos conduzir o governo até 31 de dezembro de 2018'

Presidente fez a declaração nesta quarta (7) ao discursar na cerimônia de anúncio do Plano Safra 2017/2018. Simultaneamente, TSE julgava ação que pode cassar a chapa Dilma-Temer.

O Presidente Michel Temer voltou a afirmar nesta quarta-feira (7), em meio a uma cerimônia no Palácio do Planalto, que conduzirá o governo federal até 31 de dezembro de 2018, data em que se encerra, oficialmente, seu mandato presidencial. No mesmo momento em que o peemedebista fez a afirmação, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) davam andamento ao julgamento que pode cassar o mandato de Temer.
Na semana passada, em um evento com empresários em São Paulo, o presidente já havia tentado demonstrar otimismo afirmando que a trajetória de seu governo não será "interrompida" e que ele chegará ao final de 2018 com a "casa em ordem".
Na manhã desta quarta, o TSE deu prosseguimento ao julgamento da ação apresentada pelo PSDB, em 2014, contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. Se forem condenados pela Corte eleitoral, Dilma pode ficar inelegível por oito anos, e Temer pode ser deposto da Presidência da República.
O julgamento, que teve início em abril, foi retomado na noite desta terça (6). Na manhã desta quarta, houve nova sessão para analisar o processo. O julgamento seguirá pelos próximos dias.
"É com satisfação extraordinária que posso dizer que vocês dão injeção de otimismo para o nosso país. É com esta aura, animação, vigor que esta solenidade produz no governo que nós vamos conduzir o governo até 31 de dezembro de 2018", declarou o presidente ao finalizar seu rápido discurso na cerimônia de anúncio do Plano Safra 2017/2018.
Ao longo da declaração, Temer não fez qualquer menção ao julgamento em andamento no TSE. Apesar de ter optado por manter silêncio sobre a ação que pode cassar o seu mandato, o peemedebista tem acompanhado com atenção os desdobramentos na Corte eleitoral.
Na noite desta terça, o presidente chegou a cancelar de última hora uma agenda pública para assistir pela televisão, cercado de aliados políticos, a retomada do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral.
O presidente Michel Temer participa de cerimônia de lançamento do plano de agropecuária 2017/2018 no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)O presidente Michel Temer participa de cerimônia de lançamento do plano de agropecuária 2017/2018 no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
O presidente Michel Temer participa de cerimônia de lançamento do plano de agropecuária 2017/2018 no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Plano Safra

Na solenidade desta quarta-feira no Planalto, Michel Temer anunciou a liberação de R$ 190,25 bilhões para o Plano Safra 2017/18. O plano é uma linha de crédito destinada ao médio e grande produtor. O valor estará disponível a partir de julho.
No último Plano Agrícola e Pecuário, o governo havia anunciado a liberação de R$ 202,88 bilhões, mas após contingenciamento, o valor caiu para R$ 185 bilhões.
Segundo o Ministério da Agricultura, além de elevar o valor disponível para o financiamento, o Plano Safra 2017/18 também terá juros menores, variando de 6,5% ao ano a 8,5% ao ano.

Reformas

Também presente à cerimônia, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, defendeu a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária pelo Congresso Nacional, apesar da crise política no governo. Para ele, o país deve resolver esses temas ainda durante a gestão Temer, para evitar a discussão no mandato de um novo presidente.
“Eu espero que o Congresso Nacional consiga separar as coisas que estão acontecendo. Uma coisa é a política, e outra são as investigações”, afirmou. “Tudo o que for feito agora evite que tenha de se discutir em 2019 é um avanço para o Brasil”, completou.
Além do julgamente no TSE, Temer também enfrenta investigações, na Lava Jato, por obstrução à Justiça, corrupção passiva e organização criminosa. Se for denunciado pela Procuradoria-Geral da República, o presidente terá o destino definido pelo Congresso, que decide se aceitará ou não as acusações.
Para Maggi, o presidente “tem dois momentos" pela frente. "Agora, que é esta questão do TSE, que se define por um ou dois dias, e depois Congresso Nacional, para conduzir o restante das coisas.” Ele defende que as reformas aconteçam “no caminho” entre esses dois momentos.

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