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domingo, 4 de junho de 2017

Pesquisas mostram prevalência de infecção urinária e sífilis em gestantes em Presidente Prudente

Pesquisas envolveram 500 mulheres grávidas em Presidente Prudente (Foto: Gabriela Oliveira) Estudos realizados por estudantes de enfermagem envolveram 500 mulheres atendidas no Hospital Estadual.


Duas pesquisas realizadas por estudantes do curso de enfermagem da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), sob a orientação da professora doutora Kelly Cristina de Lima Ramos Pinto, mostraram a prevalência da sífilis e da infecção do trato urinário (ITU) em gestantes, além de fatores de risco relacionados à assistência pré-natal, em Presidente Prudente. Cada um dos estudos envolveu 250 mulheres grávidas admitidas para acompanhamento do tratamento de parto no Hospital Estadual “Dr. Odilo Antunes de Siqueira”.
A infecção urinária causa desconforto, ardência e dor ao urinar e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tende a acontecer durante a gravidez em razão das alterações anatômicas e funcionais dos rins e vias urinárias.
Essa infecção pode levar a um trabalho de parto prematuro e deixar o bebê em risco infeccioso, com perigo de morte à mãe e ao filho.
Gravidade semelhante existe com a sífilis, que se manifesta com manchas no corpo, lesões, verrugas e úlceras na vagina. Neste caso, além do risco de provocar aborto, pode levar a uma má formação do bebê.
Foram coletados dados por meio de instrumento semiestruturado e da carteira de pré-natal das gestantes, identificando-se que 33% das grávidas estavam com infecção urinária.
“Os números são significantes quando se consideram os prejuízos. O diagnóstico precoce é muito importante, uma vez que os sintomas podem confundir o profissional, é preciso estar muito atento”, conta Kelly.
No caso da sífilis, 5,6% das pacientes apresentaram a doença, que pode ser identificada por meio de um teste rápido.
“O período gestacional que ela aderiu à doença é um fator determinante. Para a sífilis, temos problemas maiores vindos de casa. Muitas vezes estas mulheres não têm muito poder de negociação com o marido com relação à preservação, existem casos de reinfecção por esse motivo”, detalha.
O estudo realizado em 2016 mostra que 60% das gestantes fizeram mais do que seis consultas relacionadas ao pré-natal, o que é importante para o diagnóstico e o tratamento precoce da infecção urinária, já que são maiores as chances de reduzir as complicações maternas e fetais.
Para a sífilis, o enfermeiro deve realizar estratégias de acolhimento, escuta ativa e de qualidade, para que a gestante e seu parceiro possam identificar o tratamento precoce para esse agravo.

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