Resíduo foi registrado por morador e cobre a rua 24 de outubro. O forte odor também incomoda a população.
As fortes chuvas que atingem o estado de São Paulo desde a tarde desta segunda-feira (5) provocam mais uma vez a já conhecida espuma do rio Tietê - resultado da poluição despejada no manancial - no trecho que passa pela cidade de Salto (SP).
O especialista em gestão ambiental e morador da cidade, João de Conti Neto, registrou na manhã desta terça-feira (6) a rua 24 de outubro tomada pela espuma.
Apesar da espuma ter transbordado, a via não foi interditada, já que, segundo o morador, ela dá acesso a um campo de futebol que só é usado pelos moradores apenas aos fins de semana.
Além disso, Conti ainda gravou o trecho do Rio Tietê próximo à Ponte dos Pescadores, onde é possível ver a espuma encobrindo o manancial. "Acho que a quantidade de espuma ainda pode aumentar quando a água da chuva da Capital começar a chegar aqui na região", afirma.
Além da espuma na rua, que causa uma série de transtornos, o forte odor também é outro fator preocupante.
Esgoto doméstico
A formação de espumas, que ocorre frequentemente no Rio Tietê ao longo das cidades de Santana de Parnaíba, Salto e Pirapora do Bom Jesus, está relacionada à baixa vazão da água e presença de esgoto doméstico não tratado, o que dificulta a decomposição de detergentes domésticos.
A solução, segundo o especialista, seria a implantação de sistemas adequados de esgotamento sanitário, incluindo a coleta, afastamento, tratamento e disposição final dos esgotos domésticos.
Limpeza
A Prefeitura de Salto organiza frequentemente mutirões de limpeza na cidade. Na semana passada, por exemplo, mais de 30 toneladas de lixo foram retiradas da água em apenas um dia de trabalho.
Devido aos contantes prejuízos causados pela poluição no rio, a rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Médio Tietê querem cobrar do Comitê do Alto Tietê, onde ficam os municípios da Região Metropolitana de São Paulo, uma compensação pela poluição no interior.
A ideia é ficar com, no mínimo, 10% dos R$ 40 milhões que a agência da Bacia do Alto Tietê arrecada por ano com a cobrança pelo uso da água. Assim, seria possível garantir R$ 4 milhões de reais por ano para ações de recuperação no rio Tietê, algumas emergenciais, como a contenção da sujeira.
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