Moeda norte-americana avançou 1,03%, a R$ 3,2881 na venda.
O dólar fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira (5), mas abaixo das máximas do dia, com os investidores cautelosos um dia antes de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começar o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.
A moeda norte-americana avançou 1,03%, a R$ 3,2881 na venda. Na máxima do dia, marcou R$ 3,2961. Veja a cotação do dólar hoje
O dólar não fechava em alta de mais de 1% desde a disparada em 18 de maio, quando, em meio às primeiras notícias sobre a delação da JBS e o presidente Michel Temer, a moeda subiu mais de 8% e encerrou o dia a R$ 3,389.
No exterior, o dólar se recuperava nesta sessão das mínimas de sete meses atingida na semana passada, avançando contra o euro e uma cesta de moedas, mas ainda exposto a qualquer otimismo renovado em relação à reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) nesta semana. Também estavam de olho na eleição parlamentar no Reino Unido, nesta quinta-feira.
Cenário político
O imbróglio político terá um novo capítulo a partir de amanhã, com o início do julgamento no TSE que pode cassar a chapa Dilma/Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014. Após o estouro da crise política, em meados de maio, o mercado passou a discutir que uma resolução do TSE contrária a Temer poderia ser a forma mais rápida e menos conturbada dele deixar o posto.
À época, isso era visto como um meio de reabrir o caminho para aprovação da reforma da Previdência, sobretudo. Mas a resistência de Temer nas semanas seguintes e um aparente andamento dos projetos no Congresso alimentaram avaliações de que o governo ainda poderia obter a aprovação das medidas, destaca o Valor Online.
Esta semana também está marcada por importantes fatos políticos, que podem ser cruciais ao governo. Outro foco de incerteza para o mercado era a prisão do ex-deputado e ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures, com a possibilidade de nova delação que prejudique mais o presidente.
Temer está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes, entre outros, de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F, que também atingiram Loures.
No dia seguinte, está marcada ainda a votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (Cae) no Senado.
"O ambiente para a tomada de risco não é dos mais favoráveis", trouxe a corretora Guide em relatório, citando ainda o cenário externo.
O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. Em julho, vencem US$ 6,939 bilhões em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.
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