Estudos realizados por estudantes de enfermagem envolveram 500 mulheres atendidas no Hospital Estadual.
Duas pesquisas realizadas por estudantes do curso de enfermagem da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), sob a orientação da professora doutora Kelly Cristina de Lima Ramos Pinto, mostraram a prevalência da sífilis e da infecção do trato urinário (ITU) em gestantes, além de fatores de risco relacionados à assistência pré-natal, emPresidente Prudente. Cada um dos estudos envolveu 250 mulheres grávidas admitidas para acompanhamento do tratamento de parto no Hospital Estadual “Dr. Odilo Antunes de Siqueira”.
A infecção urinária causa desconforto, ardência e dor ao urinar e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tende a acontecer durante a gravidez em razão das alterações anatômicas e funcionais dos rins e vias urinárias.
Essa infecção pode levar a um trabalho de parto prematuro e deixar o bebê em risco infeccioso, com perigo de morte à mãe e ao filho.
Gravidade semelhante existe com a sífilis, que se manifesta com manchas no corpo, lesões, verrugas e úlceras na vagina. Neste caso, além do risco de provocar aborto, pode levar a uma má formação do bebê.
Foram coletados dados por meio de instrumento semiestruturado e da carteira de pré-natal das gestantes, identificando-se que 33% das grávidas estavam com infecção urinária.
“Os números são significantes quando se consideram os prejuízos. O diagnóstico precoce é muito importante, uma vez que os sintomas podem confundir o profissional, é preciso estar muito atento”, conta Kelly.
No caso da sífilis, 5,6% das pacientes apresentaram a doença, que pode ser identificada por meio de um teste rápido.
“O período gestacional que ela aderiu à doença é um fator determinante. Para a sífilis, temos problemas maiores vindos de casa. Muitas vezes estas mulheres não têm muito poder de negociação com o marido com relação à preservação, existem casos de reinfecção por esse motivo”, detalha.
O estudo realizado em 2016 mostra que 60% das gestantes fizeram mais do que seis consultas relacionadas ao pré-natal, o que é importante para o diagnóstico e o tratamento precoce da infecção urinária, já que são maiores as chances de reduzir as complicações maternas e fetais.
Para a sífilis, o enfermeiro deve realizar estratégias de acolhimento, escuta ativa e de qualidade, para que a gestante e seu parceiro possam identificar o tratamento precoce para esse agravo.
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