Suspeita é que Sandy Andrade é parecida com jovem que recebeu ameaças de morte; homem confessou crime, mas deu versões conflitantes, segundo delegado.
A universitária Sandy Andrade Santos, de 21 anos, que estudava no campus da Unicamp de Limeira (SP) e foi achada morta em uma trilha da cidade, pode ter sido assassinada porque foi confundida com outra pessoa, segundo informou nesta terça-feira (4) a Polícia Civil. O homem de 30 anos que confessou o crime deu versões conflitantes sobre a motivação e o caso ainda é investigado.
De acordo com a apuração, uma das suspeitas é que outra jovem de Limeira recebeu ameaças de morte e é parecida com a estudante. A Polícia Civil investiga se o homem que confessou o assassinato agiu a mando de outra pessoa e se teria confundido Sandy com a outra mulher que foi ameaçada. Outra suspeita considerada é a de estupro.
De acordo com o delegado William Marchi, apesar de ter confessado o crime, o suspeito preso na noite desta segunda-feira (3) deu versões divergentes sobre a motivação e como o assassinato foi cometido. "Essas versões têm caído por terra diante das contradições que ele mesmo revela. Estamos filtrando tudo e considerando os indícios que estão sendo levantados", afirmou Marchi.
Ainda segundo o delegado, o suspeito apontou outras pessoas como participantes do crime. "Estamos quebrando todos os sigilos telefônicos necessários para poder identificar o que ocorreu de verdade", disse.
Solto há um ano
O homem que confessou ter matado Sandy Andrade já tinha cumprido pena por estupro e estava solto há um ano, de acordo com a Polícia Civil. O suspeito foi preso nesta segunda em casa.
A estudante, que cursava o segundo ano de engenharia de manufatura no campus da Unicamp em Limeira, foi encontrada morta em uma trilha nas proximidades do Parque Residencial Roland 2 por volta das 7h da manhã da última sexta-feira.
De acordo com investigações, a jovem foi morta depois que saiu de uma academia de ginástica na noite de quinta-feira (30), a algumas quadras da universidade.
Comoção
Devido à comoção causada na universidade com a morte da jovem, de acordo com a assessoria da Unicamp, as aulas ficarão suspensas até a próxima quarta-feira (5) nos cursos de graduação e pós da FCA e na Faculdade de Tecnologia, ambas em Limeira.
Além do luto, a pausa nas aulas é para que os alunos possam participar de atos programados durante a semana em protestos por melhores condições de segurança na cidade. Uma das atividades ocorreu nesta segunda e outro está programado para a tarde desta terça-feira, quando haverá uma caminhada até a Prefeitura para cobrar mais segurança pública.
Durante a reunião, o diretor da FCA, Peter Schutz, comunicou aos alunos que em uma reunião realizada durante a manhã com o prefeito Mario Botion (PSD) e representantes da Polícia Militar, e do Legislativo ficou definido que um prédio próximo a universidade será cedido para a instalação de uma unidade da Polícia Militar (PM).
O pai da estudante, Paulo Domingos dos Santos, durante uma reunião realizada na tarde de segunda, na Faculdade de Ciências Aplicadas, disse que a tragédia que ocorreu com a filha não pode mais se repetir. “Quando que vai acabar isso?”, desabafou.
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