Sim, ela é loira e linda. Sim, é namorada de um jogador de futebol de fama internacional (Alexandre Pato, para os desinformados). Sim, desfila por aí com bolsa e sapatos de grife. Mas tire seu preconceito do caminho, que Fiorella Mattheis quer passar com sua vida pra lá de bem-resolvida. Receio de ser taxada de maria-chuteira?
“Não me preocupo com isso, eu tenho minha carreira, minha independência, realização profissional, família, amigos, batalho desde nova, desde muito antes de conhecer o Alê.” Medo de ser julgada como a modelo que não tem talento para ser atriz? “Quando o projeto do Vai que Cola apareceu pra mim, bateu uma insegurança, é claro. Eu não sou comediante, então assumi aquilo como uma escola. Soube que teria que estudar, aprender, me reinventar. Decidi encarar.” Pânico de a plateia não rir, não aplaudir? “Imagina, a plateia só ajuda! Ela é um termômetro para o bem e para o mal; o bom é que a resposta é imediata. É superdifícil fazer rir, o humor precisa de inteligência, timing, saber a hora de parar, voltar, dar a deixa... Mas o segredo é estar com o texto bem decorado para poder se divertir na hora H.”
No sitcom que está no ar desde 2013 no Multishow, a atriz interpreta Velna, uma trambiqueira que flana pelo palco de biquíni e finge ser gringa, ludibriando a todos com seu charme inquestionável e um idioma meio tcheco, meio russo e português, com uma pitada de alemão. Longe da plateia, é possível que o idioma falado por Fiorella esteja mais pro italiano, meio chinês com toques de carioquês.
O motivo: depois de uma temporada na Espanha, Pato foi vendido para o time chinês Tianjin Quanjian para jogar por lá pelos próximos três anos. Durante a fase do craque na Europa, o jeito foi encarar as 12 horas de voo como se fossem uma ponte aérea. Quando as gravações davam trégua, ela estava nas arquibancadas, e quando os jogos cessavam, ele estava na plateia. E a notícia da ida para a China caiu como uma bomba? “Não caiu não. Eu sou muito prática, zero dramática.
As coisas aparecem na minha vida e eu resolvo no mesmo segundo”, diz. Ela credita boa parte desse ímpeto ao signo – “Sou aquariana, comigo não tem tempo ruim” – e à paixão, é claro. “Eu amo o Alê de paixão, mas também amo meu trabalho. A gente tem que saber dançar conforme a música.” E já estão ensaiando os passos? “Olha, a gente grava o Vai que Cola duas vezes por semana, de junho a outubro, mais ou menos. Então, são seis meses de gravação.
Agora, com a China, vai ser um desafio maior, mas a gente vai se organizar e vai conseguir. O que importa é estar junto. O que são dois meses em anos? O que são seis meses numa vida inteira quando se quer estar junto? Ah, e a gente vai ter um tradutor! Isso sim vai ser importante.” Sorte dupla dos chineses, que terão Pato em campo e Fiorella na torcida.
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