Uma casa e uma escola municipal foram interditadas.
Cabeceira da ponte sobre o Rio Santo Anastácio necessita de reconstrução.
O prefeito de Presidente Venceslau, Jorge Duran Gonçalez (PSD), anunciou nesta quinta-feira (23) que decretou estado de calamidade pública devido aos estragos e prejuízos provocados pelas chuvas intensas que atingiram o município nos últimos dois meses. O decreto nº 026 já foi publicado e tem efeito retroativo a 1º de janeiro de 2017.
De acordo com o Poder Executivo, a cidade registrou, no período de 12 a 30 de janeiro, um volume de 406 milímetros de chuvas e o município não tem condição de suportar o custo estimado em R$ 6 milhões para restabelecer a normalidade das condições estruturais danificadas em diversas áreas.
Com a declaração de calamidade pública, o prefeito Jorge Duran Gonçalez buscará junto ao Ministério da Integração Nacional recursos para financiar a reestruturação de galerias de águas pluviais, queda de edificações, eventuais desapropriações de áreas e reconstrução de pontes – especialmente, a cabeceira da ponte sobre o Rio Santo Anastácio, entre Presidente Venceslau e Marabá Paulista.
No relatório técnico, foram apontadas as deficiências antigas de bairros da cidade que se agravaram com a anormalidade da intensidade de chuvas concentradas. Em outros casos, justamente a falta de infraestrutura adequada impediu o escoamento das enxurradas, provocando enormes erosões nas vias públicas, invasão de casas e derrubada de muros.
“Não temos recursos próprios para recompor os estragos deixados pelas chuvas. Estou decretando o estado de calamidade como forma de viabilizar a captação de recursos. Trabalhamos em várias frentes nos governos estadual e federal. Estamos agendando uma audiência no Ministério da Integração Nacional para formularmos pedido de recursos”, comentou o prefeito.
Casa interditada
Uma casa construída ao lado de um fundo de vale no Bairro Vencesville está na iminência de cair. O imóvel foi interditado porque houve desmoronamento de encosta do fundo de vale por onde passam águas pluviais.
No local, é preciso fazer intervenções nas encostas e canalizar as águas de enxurrada para evitar o avanço do buraco, o que poderia comprometer outras residências existentes na área, segundo a Prefeitura.
Escola municipal
A Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Vitalina de Almeida Prado Ribeiro, no Parque Antônio Daraya, também foi interditada. Uma erosão ameaça a integridade estrutural da unidade de ensino, segundo a Prefeitura. Os 109 alunos, na faixa etária de quatro a cinco anos, do ensino infantil (pré-escola) e dos jardins 1 e 2, foram transferidos para salas na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Santa Duarte D'Incao, na Vila Popular.
A erosão foi causada pelo rompimento de galeria de águas pluviais que se localiza nos fundos da escola, o que provocou a queda do muro da unidade.
“Já tentamos recuperar aquela galeria, mas toda ela está danificada e não comporta mais o volume de águas captadas naquela região de início do fundo de vale. Enquanto não tiver segurança, não deixarei nenhuma criança naquela escola”, determinou Gonçalez.
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