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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Jovem picada por escorpião afirma que fiscal da Fuvest garantiu prova

Victória Sideri,18 anos, de Campinas tentava uma vaga em medicina.
Fuvest informou que só poderá esclarecer o caso após análise de relatórios. 


A estudante Victória Sideri, de 18 anos, picada por um escorpião e desclassificada da prova da Fuvest no domingo (29), disse ao G1 nesta segunda-feira (30) que a fiscal da instituição de ensino onde o exame acontecia garantiu a ela que terminaria a prova no Pronto Atendimento Padre Anchieta, em Campinas (SP), onde recebeu atendimento.
"Eu não pude ligar para a minha mãe, fazer meu cadastro, tudo porque eu faria a prova e não podia ter contato com ninguém. A fiscal ainda chegou a dizer que eu faria as cinco horas de prova independente do horário de início", conta Victória.
Eu não pude ligar para a minha mãe, fazer meu cadastro, tudo porque eu faria a prova e não podia ter contato com ninguém. A fiscal ainda chegou a dizer que eu faria as cinco horas de prova (...)"
Victória Sideri, estudante desclassificada da Fuvest
A monitora da Universidade Paulista (Unip), no bairro Swift, onde a estudante prestava para medicina, a acompanhou até a unidade de saúde e levou a prova lacrada, segundo a candidata.
"Fui para o hospital junto com a fiscal. Com ela estava a prova em um envelope lacrado. Fui medicada, fiquei em observação e quando achei que ia fazer a prova a fiscal foi embora e me disse que não poderia mais fazer o exame", conta Victória.
A Fuvest informou, nesta segunda, que vai analisar os relatórios de coordenadores e os relatos da estudante para, então, divulgar um novo posicionamento.
'Poupada' para fazer prova
"Eu não tomei soro para não precisar ficar deitada e conseguir mover os braços. Arrumaram uma cadeira para mim, a prova estava lá e, sem dar mais explicações, a fiscal foi embora", conta Victória.

A estudante disse que chegou no pronto atendimento às 13h45 e saiu às 17h. Somente após a alta ela foi autorizada a conversar com a mãe.
Jovem é picada por escorpião e é desclassificada da Fuvest (Foto: Victória Sideri/ Arquivo pessoal )
Perna ainda estava inchada nesta segunda após
picada de escorpião (Foto:Victória Sideri/A. pessoal)
Suspeita de picada de marimbondo
Victória foi picada na madrugada de sábado (28) e acreditou que seria de marimbondo. O inchaço não chamou a atenção porque ela sabia que era alérgica a este inseto e já tinha sido atacada antes.

"Tomei antialérgico e fui dormir. Estava ansiosa para a prova no domingo e acreditei que ficaria tudo bem. No domingo de manhã, minha mãe viu que estava muito inchado o meu tornozelo, tentou me levar para o hospital, mas eu não queria perder a prova", afirma Victória.
'Fiscal me tranquilizou'
"Cheguei na Unip por volta das 12h, uma fiscal viu que minha perna estava bem inchada. Falei que era de marimbondo mas que estava doendo muito", diz. Victória contou que foi orientada por uma fiscal a ir para a enfermaria antes do horário de início da prova. A estudante conta que sentia muita dor.

"Fui até a enfermaria, passaram uma pomada e a enfermeira que estava lá identificou que a picada era de escorpião. [Eu] disse que não queria ficar sem fazer a prova, mas a fiscal me tranquilizou dizendo que eu poderia fazer no hospital", afirma Victória.
Era o meu sonho, a USP era o meu sonho. A forma que falaram de mim parece que eu abandonei esse sonho, mas não foi assim"
Victória Sideri, estudante desclassificada da Fuvest
Posição da Fuvest
A assessoria de imprensa da Fuvest chegou a informou no domingo que a candidata foi eliminada por ter abandonado o local antes do prazo estabelecido no edital do processo seletivo. E que o teste só poderia ter feito na unidade de saúde caso ela tivesse feito o pedido antecipadamente.

Nesta segunda-feira (30), após ser informada sobre os relatos da estudante, a assessoria informou que ainda não teve acesso aos relatórios do coordenador da instituição de ensino e do coordenador de Campinas.
O assunto só poderá ser esclarecido depois da leitura e avaliação dos relatos. Os dois coordenadores deverão explicar aos supervisores e à diretoria da Fuvest o que aconteceu com todos os detalhes e um posicionamento final deve ser divulgado até estaUSP era sonho
A estudante prestava vestibular para concorrer a uma das vagas no curso de medicina. "Era o meu sonho, a USP era o meu sonho. A forma que falaram de mim parece que eu abandonei esse sonho, mas não foi assim", diz Victória.
A jovem prestou vestibulares de outras instituições. "Prestei Unicamp e Albert Einstein, que o resultado sai amanhã [terça]. Se eu passar em uma delas, pretendo começar o curso, mas ano que vem vou tentar Fuvest de novo", afirma a estudante.
Mesmo com o sonho e o pai dela sendo advogado, a aluna informou que não pretende buscar respostas ou nova chance de fazer a prova para não afetar a preparação para outros exames.
"Não adianta criar mais polêmica, eu ter uma segunda chance é zero. Tenho muitos vestibulares ainda e nesse momento preciso focar neles", afirma Victória. terça (1º) pela manhã.

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