13 pessoas estavam à bordo; cinco continuam desaparecidas.
Barco irá passar por perícia, diz Capitania dos Portos.
Foi retirada do fundo do mar no fim da tarde de sábado (5), a embarcação que naufragou no dia 28, na Ponta dos Meros, próximo à Ilha Grande, em Angra dos Reis, RJ. Ela foi retirada por uma empresa particular contratada pelo proprietário da embarcação “Minas Gerais”. O barco foi levado para a Praia do Machado. As informações foram confirmadas na tarde deste domingo (6), pela Capitania dos Portos.
Durante a manhã, a capitania fez uma vistoria prévia na embarcação, onde foram recolhidas três mochilas e uma bolsa que supostamente seriam das vítimas. Uma perícia será feita nos próximos dias para auxiliar nas possíveis causa do naufrágio. A data não foi divulgada até a publicação desta reportagem.
A embarcação naufragou em alto-mar, com 13 pessoas à bordo. O grupo é de Arantina (MG) e havia alugado o barco para pescar. Oito pessoas foram resgatadas. Cinco permanecem desaparecidas, entra entre elas, o vice-prefeito da cidade mineira, José Geraldo da Silva. A Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra) divulgou uma lista com o nome dos envolvidos no acidente.
Na terça-feira (1º), mergulhadores acharam o barco, que estava a 36 metros de profundidade. No dia seguinte, eles retornaram ao local eencontraram os pertences dos turistas.
As buscas pelos pelos desaparecidos do naufrágio continuam segundo o Corpo de Bombeiros. Agentes da Defesa Civil também estão dando apoio, mas vasculham com botes o mar na região do Frande. Além dos trabalhos em alto-mar, há 50 metros da costa, também podem ser feitos sobrevoos com helicópteros pela região do naufrágio, mas isso dependerá do clima. Já as buscas com mergulhadores foram encerradas.
“Quanto mais o tempo passa, menos chances a gente tem de encontrar sobreviventes”, disse Paulo Rogério Gonçalves Scarani, comandante do 10º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) de Angra a respeito das buscas.
Para ele, caso algum dos desaparecidos tenha conseguido se salvar do naufrágio — ocorrido há uma semana —, possivelmente estaria em o Provetá ou na Vila do Abraão, na região da Ilha Grande. “Não fizemos nenhuma busca nestes locais porque não havia nenhuma indício de que algum dos tripulantes tenham ido para lá”, explicou o comandante.
Encontrei um isopor, diz sobrevivente
O G1 conversou por telefone com o advogado Erlei Eros Misael, de 42 anos. Ele conseguiu nadar até uma ilha próxima ao local do naufrágio em busca de socorro.
"Tombou para o lado esquerdo. Nessa hora, foi dito para que todos apanhassem seus coletes e vestissem. Foi aquela confusão. Com muito sacrifício, nós conseguimos nadar. Deus ajudou que encontrei um isopor, depois o banco do barco".
Segundo Erlei, essa era a terceira vez que o grupo de amigos se reunia para pescar na Costa Verde e aparentemente a embarcação não apresentava qualquer tipo de defeito ou falha.
"Estava tudo em ordem quando embarcamos, a navegação era tranquila. Saímos da praia do Camorim por volta de 15h30, passamos pela Ilha Grande e fomos até a outra ponta. Iniciamos a pescaria, o mar estava muito corrido, tinha muita correnteza. Quando resolvemos mudar um pouco de ponto, andamos por volta de dois, três minutos. Foi aí que o barco, ao fazer uma curva, simplesmente adernou".
O aposentado Valdecir Rios Ferreira também foi resgatado após o acidente. Ele tentou ajudar os colegas a pegarem os coletes, mas lamentou não ter conseguido ajudar todos.
“O céu estava limpo, o mar calmo. A traseira do barco afundou. Peguei um colete para mim e ajudei a retirar os coletes para dar aos outros, mas não deu tempo e estava difícil de tirar. As pessoas se agarraram a caixas de isopor e bancos do barco. Dois cunhados meus estão desaparecidos. Um saiu no isopor, estava tranquilo, mas não o vi mais. Eu ajudei a levar o outro até uma ilha, mas ele não conseguiu subir e o mar levou”.
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