Polícia identificou três suspeitos do esquema e pode ter mais envolvidos.
Golpe do frete começou em janeiro de 2014 e foi descoberto em novembro.
Um supermercado atacadista de Campo Grande foi vítima de um golpe praticado por funcionários e teve prejuízo de R$ 450 mil em dois anos, segundo a Polícia Civil. O delegado Reginaldo Salomão, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) informou, nesta segunda-feira (30), que o golpe do frete funcionava através do falso pagamento de frete já incluso na mercadoria. Três funcionários foram identificados e indiciados pelo crime.
As investigações da polícia apontam que um dos funcionários acessava o sistema de pedido e pagamento de mercadorias e simulava o pagamento de um novo frente, quando na verdade, o valor do frete já havia sido pago no pedido da mercadoria. O acesso ao sistema era feito também de forma indevida, segundo o delegado, já que o funcionário não tinha autorização e poder para tal atividade.
"O golpe era assim: chegava determinada mercadoria em que o colaborador sabia que o frete era incluso, ao final do dia, ele acessava o sistema indevidamente da sala dele e autorizava pagamento em torno de R$ 1 mil a 1,5 mil, dependendo da necessidade do grupo, para a conta dos dois motoristas", explicou.
De janeiro de 2014 a novembro de 2015, o grupo faturou quase meio milhão de reais com o golpe. Segundo a polícia, as investigações começaram depois que responsáveis pela administração do atacadista perceberam que estavam perdendo a competitividade em alguns produtos.
"Eles estavam perdendo em alguns produtos populares, como cerveja, por exemplo, e perceberam que havia elemento a mais na composição do preço, que seria o frete. Após o rastreamento de toda fórmula desde a aquisição até liberação dos pagamentos descobriu-se essa fraude e descobrindo ainda que um dos colaboradores da empresa teria descoberto, por meio fraudulento, a senha da sua supervisora, e passou a autorizar essas cartas frete", explicou Salomão.
Ainda segundo a polícia, durante a fraude, os valores eram depositados nas contas de dois motoristas, que também prestavam serviços ao atacadista. Aos fins de semana, eles partilhavam o que havia sido obtido indevidamente, segundo o delegado. Após a descoberta do golpe, a polícia recuperou R$ 54 mil sendo R$ 50 mil em contas bancárias e R$ 4 mil na casa de um deles, e um carro zero km, comprado há poucos meses por um dos funcionários.
O restante do dinheiro foi usado pelos suspeitos para pagar viagens a resorts e passeios turísticos. Conforme o delegado, os indícios contra os suspeitos são incontestáveis. "O funcionário acessou sistema com q senha da sala dele, onde jamais poderia ocorrer, porque ele não detém poder hierárquico dentro da empresa pra ter essa senha e no equipamento ficou registrado isso e foi possível imprimir essa utilização do terminal dele. A senha ele conseguiu através de meio fraudulento durante as férias da sua supervisora e disse que desconfio de certa composição numérica e foi tentando até conseguir", relatou.
A polícia agora investiga a possível participação de outros funcionários no golpe. Eles foram indiciados por furto mediante fraude pelo concurso pessoas
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