Translate

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Em laudo, PF aponta que CG Solurb não poderia concorrer à licitação

Concessionária assumiu coleta de lixo e limpeza urbana em Campo Grande.
Investigações são parte da Operação Lama Asfáltica.


A Polícia Federal (PF) concluiu em laudo que a CG Solurb, concessionária responsável pela gestão da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos de Campo Grande, não tinha o patrimônio mínimo exigido para concorrer à licitação de 2012. A investigação faz parte da operação Lama Asfáltica, que apura fraudes em contratos públicos.
G1 entrou em contato com a CG Solurb, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
A prefeitura de Campo Grande informou ao G1, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não foi comunicada oficialmente, e assim que for, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) tomará as providências necessárias.
O advogado Benedicto de Figueiredo, que defende João Amorim, proprietário da Proteco, disse aoG1 que laudo é um procedimento sigiloso e por isso não irá se manifestar sobre o assunto.
Pelo edital de concorrência, a prefeitura exigia patrimônio mínimo de R$ 53,8 milhões. Segundo a PF, a empresa tinha apenas R$ 3,5 milhões, portanto não poderia concorrer à licitação, muito menos vencê-la.
Peritos encontraram que houve mistura de patrimônio de uma das empresas do consórcio CG Solurb e da Proteco Construções, empresa investigada na operação. Veículos declarados como da concessionária eram na verdade da Proteco. Cópias das investigações e do laudo pericial serão entregues à prefeitura.
Polícia Federal na Secretaria de Obras do governo de MS (Foto: Cláudia Gaigher/ TV Morena)
Polícia Federal deflagrou operação em julho
(Foto: Cláudia Gaigher/TV Morena/arq. 09-07-2015)
Operação
A operação Lama Asfáltica foi deflagrada em 9 de julho, cumprindo 19 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas que tinham contratos com o poder público. A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal também foram à Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra). De acordo com o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, quatro servidores foram afastados.

Além da PF, existe a parceria da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal de Mato Grosso do Sul. Todas as empresas investigadas atuam na pavimentação de rodovias, construção de vias, coleta de lixo e limpeza pública, entre outros.
Em nota, a assessoria do governo do estado disse que o afastamento foi por determinação judicial e que “vai tomar todas as providências administrativas cabíveis para averiguar os fatos e garantir a lisura de todos os procedimentos realizados pelo órgão”.
Prisões
Em 10 de novembro, a Justiça de Mato Grosso do Sul decretou a prisão temporária de cinco dias de Edson Giroto, ex-deputado federal, ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul e ex-assessor especial do Ministério dos Transportes; João Amorim, Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Elza Cristina Araújo dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira.

No dia seguinte, Giroto e a ex-diretora-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, receberam habeas corpus. Mas no dia 12, os pedidos foram revogados.
Em 13 de novembro, Giroto prestou o primeiro depoimento ao Ministério Público do Estado (MP-MS). No dia 14, a Justiça concedeu habeas corpus e todos os presos foram soltos.
*Colaborou Adriel Mattos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!

Casa Branca confirma morte de filho de Osama bin Laden

Hamza bin Laden, também era conhecido como 'príncipe-herdeiro da Jihad'. Operação que o matou aconteceu entre o Afeganistão e o P...