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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Ministro usa metáfora de futebol para definir relação do governo com Cunha

Futebol tem 'carrinho', 'puxão na camiseta' e 'canelada', disse Pepe Vargas.
'Termina o jogo, os amigos sentam e tomam uma cervejinha', afirmou.


O ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT), comparou nesta segunda-feira (2) os atritos entre o governo e o recém-eleito presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na campanha pelo comando da Casa a uma partida de futebol com “carrinho” e “canelada”. Segundo ele, as divergências, porém, terminam no final da partida, quando os adversários sentam para tomar “uma cervejinha”.
É como um jogo de futebol. Quando tem jogo de futebol, tem carrinho, tem puxão na camiseta, tem, às vezes, até uma canelada. Termina o jogo, os amigos sentam e tomam uma cervejinha. É mais ou menos assim."
Pepe Vargas, ministro das Relações Institucionais, sobre a relação do governo com o novo presidente da  Câmara
Cunha foi eleito em primeiro turno neste domingo (1ª) para o comando da Casa contra a vontade do governo, derrotando o candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP), e os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ). Durante a campanha, o peemedebista acusou o governo de “interferir” na eleição e fazer ameaças de retaliação a deputados da base aliada.
Questionado por jornalistas se seria possível reconstruir o diálogo com Cunha após uma campanha tão “acirrada”, Pepe Vargas respondeu: “É como um jogo de futebol. Quando tem jogo de futebol, tem carrinho, tem puxão na camiseta, tem, às vezes, até uma canelada. Termina o jogo, os amigos sentam e tomam uma cervejinha. É mais ou menos assim.”
Na mesma linha, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, minimizou os possíveis atritos que PMDB e o Palácio do Planalto poderão ter daqui para frente.  Os dois ministros deram entrevistas à imprensa após a sessão de abertura dos trabalhos do Congresso Nacional.
“Esta é uma casa política, tem votação, a gente ganha, a gente perde”, afirmou Mercadante após entregar ao Congresso a mensagem presidencial.
O ministro lembrou que Cunha já afirmou que não será uma “presidência de oposição” e que o PMDB, sob liderança do deputado fluminense, foi um partido “muito importante” para aprovação de projetos de interesse do governo. Ele acrescentou que divergências são “naturais” (veja no vídeo ao lado o que ele falou ao Blog do Camarotti neste domingo, após a eleição na Câmara).

“Às vezes, há divergência na base. Faz parte da vida democrática, e você tem que superar com diálogo, com humildade, com a disposição de contribuir”, afirmou. “Eu tenho certeza que todos são homens públicos vividos, experimentados, se restabelece o diálogo e uma agenda positiva para o Brasil”, completou o ministro.

Segundo escalão
Mercadante afirmou que o Palácio do Planalto já recebeu as solicitações dos partidos aliados interessados em ocupar cargos do segundo escalão do governo federal, como presidência de estatais e direção de autarquias e bancos públicos.

Para compor a distribuição dos cargos, o governo, de acordo com o ministro, buscará “combinar o critério técnico da competência com o critério político do apoio parlamentar no Congresso Nacional”.
O ministro Pepe Vargas também comentou a distribuição de cargos e negou que o governo tenha interferido na eleição para presidente da Câmara ou feito ameaças de retaliação aos parlamentares.
Segundo ele, a distribuição dos postos no segundo escalão foi paralisada durante a campanha para que as indicações não fossem associadas a instrumentos de barganha ou pressão.
“O governo não estabeleceu uma estratégia. O governo congelou todo o processo de montagem do segundo escalão. Se o governo quisesse trabalhar usando a sua estrutura teria oferecido cargos. Os ministros do PMDB fizeram campanha para os do PMDB e os do PT fizeram campanha para o candidato do PT. O governo não usou estrutura a favor de um nem de outro”, disse.

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