Polícia acredita que jovem tenha sido vítima de latrocínio.
Corpo será enterrado e velado na Capital.
Um estudante de engenharia foi encontrado morto dentro de uma tubulação em uma área de manguezal, nesta quarta-feira (7), em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O jovem foi encontrado nu por colegas da obra onde trabalhava. A polícia suspeita que ele tenha sido vítima de latrocínio – roubo seguido de morte.
Rodolfo de Carvalho Cunha tinha 27 anos e era de São Paulo. Há alguns anos, ele se mudou para Praia Grande e estava cursando o 4º ano da faculdade de engenharia. Ele trabalhava como desenhista na obra de um viaduto, na entrada da cidade. Rodolfo tinha um filho de 7 anos, que mora com a mãe também em Praia Grande. Ele era conhecido pelo apelido de 'Mancha', por fazer parte de uma torcida organizada do Palmeiras.
Os colegas de trabalho contam que Rodolfo saiu da obra, na última terça-feira (7), e seguiu para o canteiro, onde ficavam os pertences dos funcionários. A moto do estudante estava estacionada em um posto de combustíveis. No caminho, ele encontrou com um amigo, que notou um homem estranho atrás de Rodolfo. Depois desse encontro, o jovem não foi mais visto.
Segundo a polícia, no dia seguinte, o jovem não apareceu para trabalhar, e os colegas verificaram que Rodolfo não foi buscar os seus pertences pessoais nem a moto.
Os amigos acharam vários objetos do rapaz e encontraram o corpo dele dentro de uma tubulação, em uma área de manguezal, próxima da obra. O corpo não tinha marcas de tiros, facadas ou algo semelhante, apenas alguns arranhões.
Latrocínio
O delegado titular do 1º Distrito Policial de Praia Grande, Luiz Evandro Medeiros, acredita que o jovem tenha sido vítima de latrocínio. Ele pediu para a prefeitura de Praia Grande as imagens das câmeras de monitoramento da avenida Ayrton Senna. Segundo o delegado, as imagens mostram que o jovem foi abordado por um homem e que os dois entraram em luta corporal. Um carro que estava passando na avenida ainda parou para tentar ajudar a vítima.
"Um veículo teria visto a discussão entre a vítima e o suspeito, na beira da estrada, onde estaria acontecendo o assalto. Esse veículo deveria ser de uma pessoa que parou para tentar ajudar e foi embora. Tentaremos localizar a testemunha e montar o retrato falado", diz o delegado.
Ainda de acordo com Medeiros, o suspeito, após cometer o crime, teria entrado em uma empresa próxima com a roupa e o boné verde de Rodolfo. Ele utilizou o banheiro do local e, na saída, ainda tentou roubar a bolsa de uma funcionária, mas não conseguiu e fugiu.
"Ele tem cor parda, estava de boné, tem uma estatura de cerca de 1,50 metro, era magro, forte, tem uma tatuagem no peito e estava escondido na mata. Pela atitude dele a gente suspeita que possa ser um usuário de drogas", afirmou o delegado.
O corpo de Rodolfo foi encaminhado para o IML de Santos. A família, que mora em São Paulo, chegou na Baixada Santista nesta quinta-feira (8) para reconhecer e liberar o corpo, que será enterrado e velado na capital paulista.
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