Advogada é especialista em direitos humanos.
Governo fez ameaça por relatório sobre o sistema judiciário do Egito.
O Egito negou neste domingo (4) ter proibido a entrada em seu território da advogada Amal Clooney, que disse ter sido ameaçada de prisão há quase ano, quando publicaria um relatório crítico sobre o sistema judicial egípcio.
"As autoridades egípcias não impediram Clooney de viajar ao Egito, não há qualquer medida que impeça sua vinda", afirmou em comunicado o ministério do Interior, citado pela agência oficial Mena.
Amal Clooney, advogada de um dos jornalistas da Al Jazeera presos no Cairo, disse em seu relatório, em fevereiro de 2014 pela Associação Internacional de Advogacia, que a justiça egípcia deveria ser independente.
"No momento da publicação do relatório, nos impediram de fazê-lo no Cairo. Perguntaram: 'O informe é crítico ao exército, à justiça ou ao governo?' Respondemos que sim, e nos disseram que, neste caso, nós corríamos o risco de sermos presos", explicou a advogada britânica ao jornal The Guardian.
Acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana, o egípcio-canadense Mohamed Fadel Fahmy, defendido por Clooney, o australiano Peter Greste e o egípcio Baher Mohamed cumprem penas de entre sete e dez anos de prisão.
Segundo a advogada, os três homens são vítimas de sentenças dadas por um sistema cujos juízes podem ser nomeados diretamente por quem está no poder.
Clooney se mostrou pessimista sobre o novo processo, ressaltando que "o princípio é de que houve erro, mas o novo julgamento irá se sustentar nas mesmas bases que o anterior, então não muda grande coisa", afirmou.
Por isso, a advogada - casada com o ator George Clooney - espera e confia que o Egito expulse seu cliente do país, tal como permite uma nova lei aprovada em novembro passado.
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