Secretaria do Meio Ambiente vai elaborar relatório e entregar ao MP.
Água de cor escura tomou o rio Tietê na semana passada.
Depois de dois dias de trabalho, funcionários da Prefeitura de Salto (SP) retiraram 40 toneladas de peixes mortos do córrego do Ajudante. Foi necessário uma retroescavadeira para fazer a limpeza do afluente, que desagua no rio Tietê e, na semana passada, foi tomado por uma "água preta". Os milhares de peixes mortos foram retirados do córrego no sábado (29) e domingo (30) e levados para o aterro sanitário da cidade. Agora, a Secretaria do Meio Ambiente vai fazer um balanço detalhado de todo o prejuízo causado ao município e elaborar um relatório.
Segundo o secretário da pasta, João de Conti Neto, com o documento será solicitada uma investigação sobre a mortandade de peixes no rio Tietê. "Eu vou pedir um prazo para entregar um relatório detalhado, juntando todos os dados que a gente possa embasar e que seja o mais completo possível. Juntamente com o Ministério Público, queremos encontrar uma solução para o caso e cobrar, não só o valor da operação [de limpeza], mas principalmente o dano ambiental que aconteceu ", afirmou.
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) diz que o fenômeno da água preta foi provocado por resíduos que estavam acumulados no solo e no leito do rio, trazidos à tona com as chuvas que atingiram a região. Na tentativa de buscar oxigênio em água limpa, os peixes migraram para o córrego do Ajudante, afluente do rio Tietê, com aproximadamente um quilômetro de extensão, mas não conseguiram sobreviver.
Revolta
A situação chamou a atenção de ativistas ambientais, que foram até o córrego do Ajudante acompanhar a limpeza do manancial. Um grupo de Campinas (SP) manifestou revolta em relação a mortandade dos animais. "É uma cadeia inteira que morreu, não são só esses peixes que estavam na piracema [período de reprodução], que estavam voltando. É toda a sequência", afirma a ativista Eliete Ferrari.
Os moradores dos bairros próximos ao córrego também acompanharam a limpeza neste fim de semana, já que o cheiro forte se tornou um grande problema para quem vive próximo ao local. "Lá em casa é fechado dia e noite, por causa do cheiro. Ligamos todos os ventiladores e mesmo assim o cheiro ainda entra", diz o pedreiro Marcos Vicente Soares.
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