Ele se dizia policial e chegou a mostrar suposto distintivo para motorista.
Polícias Civil e Militar negaram que ele faça parte das duas corporações.
O homem filmado apontando uma arma para jovens na Vila Planalto, em Brasília, neste domingo (28), não foi identificado como policial pelas polícias Civil e Militar do Distrito Federal. Segundo a PM, o modo como o homem abordou os jovens é diferente da técnica adotada pela corporação, e a pistola não é do modelo usado pelos policiais. Ele não foi identificado como integrante da duas forças.
Nas imagens, o homem aponta uma pistola para pessoas que suspostamente estavam atrás de um veículo. O vídeo não mostra as pessoas abordadas, mas, segundo o autor da gravação, havia adolescentes deitados na calçada. O carro era de um dos jovens. De acordo com testemunhas, o veículo foi revistado pelo homem, que estaria embriagado.
Os jovens teriam ficado por meia hora na mira da pistola. O homem se dizia policial e chegou a mostrar uma identificação a um motorista que para na rua para ver o que está acontecendo. Um outro homem chega e também mostra o que parece ser uma carteira funcional.
Abordagem
A Polícia Civil do Distrito Federal informou, em nota, que até o momento não há registro de que o homem seja um policial civil. Quanto ao modo de abordagem, a polícia disse que "não há como dizer o motivo da abordagem e a identificação dos envolvidos, pois só existe uma parte da ação".
A Polícia Militar do DF informou, em nota, que a pistola que aparece no vídeo não é do modelo usado pela corporação. Segundo a PM, "a maneira como é realizada a abordagem também não se parece em nada com a técnica empregada [pela Polícia Militar]."
No entanto, a PM também afirmou que esse tipo de abordagem, descaracterizada, poderia ser feita por um policial militar "dependendo da situação". A corporação disse que "um policial continua a ser policial mesmo no seu horário de folga e, se necessário e houver segurança, o policial (civil ou militar) tem o dever de intervir".
Ainda de acordo com a PM, a orientação é que o policial evite o tipo de abordagem registrada no vídeo, pois é muito arriscada. A Polícia Militar afirmou que ainda não identificou os homens que fizeram a abordagem.
O G1 procurou ainda a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, para verificar se o homem faz parte do órgão, mas a PF não o identificou o homem e que não se pronunciaria sobre o assunto.
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