Petista disse que tem tempo para avaliar se disputará prefeitura.
Senadora retomou mandato após deixar Ministério da Cultura.
Na sua volta ao Senado, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse nesta terça-feira (18) que avaliará as “condições” do PT para decidir se fica no partido. A senadora conversou com jornalistas após seu primeiro discurso de retorno à Casa.
Marta foi questionada sobre a possibilidade de deixar o PT e filiar-se ao PMDB. “Eu tenho que avaliar as condições do partido [PT], como que o partido vai se repensar, como que vão ser as condições”, afirmou, acrescentando que o tema não representa “uma preocupação neste momento”.
Pela legislação eleitoral, um político só pode manter o mandato se migrar para uma legenda nova, o que não é o caso do PMDB. Marta, no entanto, ao comentar disse considerar possível. “Um senador pode deixar o seu partido sem perder o mandato”, afirmou, acrescentando já existirem decisões nesse sentido.
A políticos, Marta, que reassumiu o seu mandato após deixar o Ministério da Cultura, tem demonstrado interesse numa eventual candidatura sua à prefeitura de São Paulo em 2016 ou ao governo paulista em 2018.
“Se eu quiser sair do partido para disputar uma prefeitura eventualmente, eu tenho um ano para fazê-lo. Se eu quiser sair mais para a frente para disputar um governo, eu tenho três anos para fazê-lo”, afirmou a senadora.
Discurso
No primeiro discurso após retomar seu mandato, a senadora adotou um tom mais ameno do que na sua carta de demissão do ministério, que causou certo constrangimento ao fazer críticas à condução da economia pela presidente Dilma.
Marta voltou a dizer nesta terça que deixou a pasta com o sentimento de “missão cumprida”. “Retorno a nossa Casa com a sensação de missão cumprida e reconhecimento à presidenta Dilma pela oportunidade”, disse.
Ela usou a maior parte do seu discurso para elencar realizações da sua gestão à frente da pasta, como o vale-cultura, que, nas suas palavras, será uma “marca do governo Dilma”. Agora, de volta ao Senado, Marta disse que pretende seguir “empunhado as bandeiras do direito civil”.
Durante a sua fala, a senadora chegou a ser interrompida diversas vezes por senadores que pediam apartes para elogiar a sua atuação no ministério e dar-lhe as boas-vindas. Mais cedo, ao chegar ao Senado nesta terça, a senadora disse a jornalistas que considerava a sua saída da pasta e eventual indisposição com o PT como uma “página virada”.
Ela também criticou as recentes manifestações em defesa do retorno da ditadura militar. “Não podemos assistir impávidos a isso”, declarou.
A cadeira da petista no Senado estava sendo ocupada pelo primeiro suplente Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) desde outubro de 2012, quando ela foi nomeada ministra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!