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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Marta diz que avaliará 'condições' do PT para decidir se fica no partido

Petista disse que tem tempo para avaliar se disputará prefeitura.
Senadora retomou mandato após deixar Ministério da Cultura.


Na sua volta ao Senado, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse nesta terça-feira (18) que avaliará as “condições” do PT para decidir se fica no partido. A senadora conversou com jornalistas após seu primeiro discurso de retorno à Casa.

Marta foi questionada sobre a possibilidade de deixar o PT e filiar-se ao PMDB. “Eu tenho que avaliar as condições do partido [PT], como que o partido vai se repensar, como que vão ser as condições”, afirmou, acrescentando que o tema não representa “uma preocupação neste momento”.

Pela legislação eleitoral, um político só pode manter o mandato se migrar para uma legenda nova, o que não é o caso do PMDB. Marta, no entanto, ao comentar disse considerar possível. “Um senador pode deixar o seu partido sem perder o mandato”, afirmou, acrescentando já existirem decisões nesse sentido.

A políticos, Marta, que reassumiu o seu mandato após deixar o Ministério da Cultura, tem demonstrado interesse numa eventual candidatura sua à prefeitura de São Paulo em 2016 ou ao governo paulista em 2018.

“Se eu quiser sair do partido para disputar uma prefeitura eventualmente, eu tenho um ano para fazê-lo. Se eu quiser sair mais para a frente para disputar um governo, eu tenho três anos para fazê-lo”, afirmou a senadora.

Discurso
No primeiro discurso após retomar seu mandato, a senadora adotou um tom mais ameno do que na sua carta de demissão do ministério, que causou certo constrangimento ao fazer críticas à condução da economia pela presidente Dilma.

Marta voltou a dizer nesta terça que deixou a pasta com o sentimento de “missão cumprida”. “Retorno a nossa Casa com a sensação de missão cumprida e reconhecimento à presidenta Dilma pela oportunidade”, disse.

Ela usou a maior parte do seu discurso para elencar realizações da sua gestão à frente da pasta, como o vale-cultura, que, nas suas palavras, será uma “marca do governo Dilma”. Agora, de volta ao Senado, Marta disse que pretende seguir “empunhado as bandeiras do direito civil”.

Durante a sua fala, a senadora chegou a ser interrompida diversas vezes por senadores que pediam apartes para elogiar a sua atuação no ministério e dar-lhe as boas-vindas. Mais cedo, ao chegar ao Senado nesta terça, a senadora disse a jornalistas que considerava a sua saída da pasta e eventual indisposição com o PT como uma “página virada”.

Ela também criticou as recentes manifestações em defesa do retorno da ditadura militar. “Não podemos assistir impávidos a isso”, declarou.

A cadeira da petista no Senado estava sendo ocupada pelo primeiro suplente Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) desde outubro de 2012, quando ela foi nomeada ministra.

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