Aos 20 anos, jovem de MS quer cursar medicina e fará prova pela 4ª vez.
Marcada por mitos, técnica pode ser usada para solucionar problemas.
Melhora da concentração e redução da ansiedade eram problemas que a estudante Elisane Dias Maciel, 20 anos, tinha que corrigir antes de prestar o Exame Nacional do Ensino Médio pela quarta vez. Há três semanas, ela tem feito sessões de hipnose e aposta na técnica, aliada com uma rotina de estudos, para conseguir aprovação em medicina.
“Eu fui em busca disso, de obter um autocontrole para a minha compulsividade e ansiedade. Está me ajudando bastante”, conta.
O mito envolvendo a hipnose, geralmente associada a espetáculos em que as pessoas são deixadas em transe para a diversão da plateia, deixou a jovem receosa em recorrer à técnica. “Fiquei meio 'assim'. Não se ouve muito. É muito mistificada”, relata.
No entanto, depois de procurar mais informações sobre o uso terapêutico da técnica, experimentou e aprovou. “É uma reprogramação. Eu fui atrás para ver como funcionava. Nada mais é do que sessões de relaxamento para a gente se autoconhecer”, afirma.
Além de recomendar a outros estudantes que estejam passando pelos mesmos problemas relacionados a estudos, ela dá uma dica sobre a procura pelo serviço. “Tem que confiar no profissional e buscar informação sobre ele. Não é qualquer pessoa que pode fazer hipnose”.
Entre o mito e a técnica
O psicólogo e hipnoterapeuta Rodrigo Merjan, que atende Elisane, explica que os benefícios da técnica vão além da aprovação em concursos e vestibulares. “Obesidade, pessoas com dificuldades para emagrecer, fobias, ansiedade, medo, depressão”, relata.
Segundo ele, a formação do profissional para aplicar a hipnose envolve uma série de cursos que não exigem do interessado uma graduação específica.
“Temos alguns especialistas dentro de algumas áreas que se envolvem com a hipnose. Tem vários cursos. No Brasil, os melhores estão em São Paulo. Eu acredito que assim como a gente nunca está pronto enquanto psicólogo, nós nunca paramos de aprender”, diz.
O mito ainda faz parte dos profissionais que lidam com essa técnica quando o assunto é atrair clientes. “Eu acredito que o preconceito tem diminuído bastante. É mais uma falta de divulgação”, pondera.
Ainda assim, em Mato Grosso do Sul, trata-se de um método terapêutico ainda em desenvolvimento.
“Eu acho que em nosso estado é uma coisa principiante, está começando. São Paulo é de longe o mais avançado em relação à quantidade e profundidade de institutos de hipnose. Se você for analisar no mundo, como terapêutica, a hipnose tem evoluido muito. Voce tem países como Portugal, Inglaterra, que têm usado a técnica da hipnose e também da programação neurolinguística como forma de acelerar os processos e diminuir o tempo em que a pessoa fica insatisfeita com a situação dela”, conclui.
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