Marta Celeste afirma que tumulto aconteceu porque candidato 'furou fila'.
Assessoria de Brito diz que vídeo não mostra confusão como aconteceu.
“Fui votar e terminei sendo agredida”. Esse é desabafo da médica Maria Celeste Oliveira, agredida pelo candidato ao Senado Coronel Brito (PEN) no último domingo (5), na Escola Padre Pinho, no bairro de Cruz das Almas, em Maceió. A médica diz que levou um tapa no rosto e uma cotovelada do candidato após impedir que um idoso fosse preso por reclamar que o coronel havia furado fila. Um vídeo da agressão foi gravado por um eleitor que estava no local e compartilhado por aplicativos para smartphone (assista acima).
Por meio da assessoria de comunicação, o candidato afirmou que a confusão não aconteceu do jeito que está sendo contada e que o vídeo compartilhado não mostra a situação toda. Segundo o assessor de Brito, os eleitores o agrediram física e verbalmente antes, mas o vídeo só mostra a parte em que o candidato "perdeu a cabeça" e revidou as agressões.
Maria Celeste diz que a seção em que vota já estava tumultuada porque havia mais de 40 pessoas além dos que estavam na fila de prioridade. Foi quando o Coronel Brito chegou com mais quatro assessores e passou na frente dos eleitores que aguardavam na fila.
“Todo mundo ficou inconformado porque ele passou na frente de todo mundo e votou. Ele saiu e retornou com mais quatro policiais para dar voz de prisão a um senhor que estava na fila. Ninguém achou correto e reclamou muito. Eu me aproximei e comecei a defender o senhor, disse que ele não iria prendê-lo, foi quando ele me agrediu. Levei um tapa e uma cotovelada”, afirma.
Após a agressão, uma promotora eleitoral compareceu à seção e instruiu a médica a confeccionar um Boletim de Ocorrência (BO). “Depois da confusão, eu votei, fiz o BO na Central de Flagrantes e o exame de corpo de delito no IML [Instituto Médico Legal]. Depois procurei ontem mesmo a Corregedoria da Polícia Militar para relatar o caso. Meu advogado já está cuidando disso e o que for possível ser feito na esfera judicial, será feito”, afirma.
Em entrevista à TV Gazeta, a promotora da 5ª Junta Eleitoral, Maria José Alves da Silva, disse que os policiais que estavam com o candidato Coronel Brito ficaram em uma situação delicada. “Eram dois sargentos para dar voz de prisão a um coronel. Seria o mesmo que um juiz dar a voz de prisão a um desembargador ou a um promotor. Dentro do que lhes competem, eles agiram certo”, afirma ao ressaltar que os policiais militares que estavam com o candidato não faziam a segurança do colégio eleitoral.
Por meio de nota à imprensa, a Polícia Militar informou que já tomou conhecimento dos fatos e que tomará as medidas cabíveis. A PM disse ainda que vai instaurar um procedimento administrativo para apurar se houve omissão por parte dos militares que presenciaram a agressão.
A presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL), a desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento, chegou a determinar a prisão de Brito, mas ele ainda não se apresentou à polícia.
A Polícia Civil informou que a delegada da Mulher Fabiana Leão vai investigar o caso. A reportagem do G1 entrou em contato com a delegada para saber sobre as investigações, mas as ligações não foram atendidas.
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