Morador de Terra Nova foi achado morto pendurado em árvore de fazenda.
Vítima sofria transtorno mental; DPT pediu DNA e resultado ainda não saiu.
Uma família do distrito Terra Nova, de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, aguarda há mais de um ano pela liberação de um corpo para fazer o enterro.
A vítima sofria transtornos mentais e teria se matado no ano passado. Edvaldo Bispo dos Santos foi encontrado morto no município de Anguera.
Ele saiu de casa no dia 20 de agosto do ano passado. Uma semana depois, a família diz ter localizado o corpo dele pendurado numa árvore situada em uma fazenda do municipio de Anguera. Ainda segundo a família, o rapaz, na época, tinha 44 anos e cometeu suicídio.
"Ele estava com uma calça jeans, uma sandália, um guarda-chuvas e um cinto couro de jibóia. Quando fui falar lá, o médico mesmo que fez a perícia dele, disse que era uma calça jeans que todo mundo tinha, cinto de jibóia todo mundo tinha. Foi eu, meu sogro, meu genro. Reconhecemos o corpo dele, mas não liberaram, não", descreve a lavradora Matilde Souza, cunhada da vítima.
O corpo foi achado sem nenhum documento e em estado de decomposição, impossibilitando a identificação através das digitais. A família reconheceu o corpo como sendo de Edvaldo dos Santos, mas o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira solicitou exame de DNA para comprovar a identidade do morto.
Um ano e dois meses depois, a família não recebeu o resultado do exame. O corpo permanece no DPT, sem identificação. A espera deixa o pai, João dos Santos, em estado de angústia. Ele diz que desde que o filho morreu não consegue se alimentar direito, porque não pôde enterrá-lo. "Estou preocupado porque não liberou para enterrar. Nós sabemos que é meu filho", diz o pai, João dos Santos. A assessoria do DPT, em Salvador, disse que o exame não foi concluído e não deu um prazo para que isso aconteça.
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