Animal estava no acostamento de estrada em Águas de Santa Bárbara (SP).
Tamanduá teve fratura e vai passar por cirurgia na Unesp de Botucatu.
Um morador de Manduri (SP) resgatou um tamanduá-bandeira que foi atropelado e estava há três dias no acostamento de uma estrada deÁguas de Santa Bárbara (SP), município vizinho, no sábado (30). Segundo o motorista Jesus Agnaldo Sioruçi, o animal parecia estar morto, mas no momento em que o homem passava pelo local, ele se mexeu.
“Passava pela estrada por acaso, pois tinha ido até Águas de Santa Bárbara para ajudar um amigo que teve um problema mecânico com o caminhão. Na volta a Manduri encontramos o tamanduá caído no chão. Perguntei para ele sobre o animal e ele comentou que o bicho já estava morto e que há três dias estava ali. Mas bem no momento em que passávamos, o tamanduá se mexeu na tentativa de se levantar. Vendo isso pedi para que parasse o caminhão e resgatar o bicho. Foi muita sorte”, reflete.
O motorista explica que depois de pararem, chamaram os bombeiros de Avaré (SP) e a Polícia Militar de Iaras (SP). Durante o momento em que esperavam por alguém, providenciaram sombra e água para o tamanduá. “Para não mexer com o bicho, o que podia piorar a situação, quebrei alguns galhos de eucalipto e fiz uma cobertura para ele. Joguei um pouco de água nos lábios dele também, para tentar pelo menos refrescar."
O homem diz ter ficado feliz com a oportunidade de prestar socorro a um animal. “Fui até Águas de Santa Bárbara para ajudar um amigo e no fim da história acabei ajudando também a salvar uma vida. É muito gratificante, depois que voltei para casa e o tamanduá foi levado, me senti aliviado”, comenta.
O tamanduá, que tem 1,20 metro e pesa cerca de 30 quilos, foi encaminhado ao Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (Cempas) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (SP). Ele não corre risco de morte.
De acordo com a veterinária residente do Cempas, Stéphanie Rodrigues e Silva, o tamanduá está com uma fratura de pélvis e será avaliado se passará por cirurgia. “Ele chegou em estado crítico, desidratado e com a lesão na pélvis, região da bacia. O medicamos e o hidratamos, mas a partir de segunda-feira (1°) a equipe veterinária vai avaliar se ele pode passar por cirurgia. Não sei exatamente quantos dias um animal desse porte pode sobreviver naquelas condições, mas dá para dizer que não poderia ficar por muitos dias sem atendimento”, afirma.
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