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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Acusado de assassinar professora pega 16 anos e oito meses de prisão

OLHA A CARA DO  VAGABUNDO

Os advogados de defesa de Thomas Haraguti vão recorrer da sentença.
Simone Lima foi morta a facadas dentro de escola em Itirapina, em 2013.


O estudante Thomas Hiroshi Haraguti foi condenado a 16 anos e oito meses de prisão em regime fechado, nesta terça-feira (23), no Fórum de Itirapina (SP), pelo assassinato da professora Simone Lima, em março de 2013. O homem de 33 anos era réu confesso. Os advogados de defesa vão recorrer da sentença.
De acordo com a assistente de acusação Luzia Helena Sanches, Haraguti respondia por homicídio duplamente qualificado, que é o assassinato por motivo fútil e sem chance de defesa. Contudo, durante o Tribunal do Júri não foi provado o motivo fútil e ele foi condenado apenas por homicídio qualificado. "Para a família e para nós que esperávamos uma pena mais alta, fica a sensação de injustiça, mas a pena foi afixada de acordo com o que prevê a lei. Os advogados de defesa vão recorrer e automaticamente acusação tem que faz as contrarrazões do recurso", afirmou.
Segundo o advogado de defesa Álvaro Francisco Marigo, o réu deveria ter sido absolvido ou sido condenado a uma pena menor. "Entendemos que a pena está muito alta. Nós prevíamos a absolvição, pois ele tem bons antecedentes, é réu primário, deveria ter começado com uma quantidade de anos menor.  Nós entendemos que ele sofreu da Síndrome de Misoginia Involuntária, que é quando uma pessoa sofre de verdadeiro ódio por outra, especialmente por uma mulher, o que pode levar a um crime. A lei prevê que ele seria inimputável", explicou.
Apos condenação, Thomas Haraguti foi levado para a penitenciária de Itirapina (Foto: Clausio Tavoloni/EPTV)
Apos condenação, Thomas Haraguti foi levado para
 penitenciária (Foto: Clausio Tavoloni/EPTV)
Haraguti vai passar a noite na Penitenciária de Itirapina e voltará nesta quarta-feira (24) para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital, onde estava preso há mais de um ano enquanto aguardava julgamento.
O caso
O assassinato aconteceu na Escola Estadual Professor Joaquim de Toledo Camargo. Segundo a Polícia Militar, a vítima estava na sala dos professores quando o estudante invadiu o local, empurrou um docente e deu sete golpes de faca em Simone. A professora foi socorrida, mas chegou ao hospital sem vida. Thomas foi preso poucas horas depois e confessou o crime.

A professora Simone Lima, morta dentro de uma escola estadual de Itirapina (Foto: Reprodução/EPTV)
A professora Simone Lima foi morta dentro de
uma escola estadual (Foto: Reprodução/EPTV)
Para a Polícia Civil, o motivo do crime teria sidopassional, já que o estudante era apaixonado pela docente. A irmã da vítima, Silmara de Lima, disse na época que essa seria a única hipótese para o que aconteceu. “Eu acho que era umamor platônico que ele tinha por ela e como não era correspondido resolveu se vingar dessa forma monstruosa que abalou a cidade inteira”.
Na ocasião, o setor de comunicação social da Delegacia Seccional de Rio Claro divulgou uma nota informando que, no interrogatório, o homem disse que "tinha bronca da professora, que se sentia humilhado e praticou o crime por ódio, porém, não explicou com detalhes os motivos".
Prisão
O estudante, que tinha aulas pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi preso pela PM logo após cometer o crime. Ele estava escondido em um canavial próximo a um resort na zona rural da cidade. Na fuga ele deixou cair a bainha da faca e o celular.

A mãe do suspeito, Vera Lúcia Cazão, disse que na adolescência ele era viciado em maconha e crack e, mesmo passando por muitos tratamentos, ficou com sequelas.
A professora, que era órfã de pai e mãe, vivia com uma das irmãs. Ela dava aulas de português como professora substituta na escola há cerca de três anos.
Após o crime, a família entrou com uma açãocontra o Estado de São Paulo pedindo uma indenização por danos morais, com a alegação de que faltou segurança na escola e que os parentes da vítima não tiveram assistência após o assassinato. A Secretaria de Educação do Estado negou a falta de segurança na unidade e informou que prestou apoio em caráter excepcional à família.

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