Alta ocorreu no fim da tarde desta quarta (6); ele teve um braço amputado.
Garoto deve voltar para São Paulo, onde mora com a mãe, nesta quinta (7).
O menino de 11 anos que foi atacado por um tigre no Zoológico de Cascavel, no oeste do Paraná, recebeu alta do hospital no fim da tarde desta quarta-feira (6). O garoto precisou ter o braço direito amputado na altura do ombro. Ele saiu por uma porta de serviço no fundo do hospital, longe da imprensa e de curiosos.
Segundo a mãe, que preferiu não se identificar, o menino está bem e deve voltar com ela para São Paulo, onde moram, já nesta quinta-feira (7).
"Ele está se adaptando, mas está ótimo. A única preocupação que ele tinha era de sacrificarem o tigre, o que não vai acontecer", disse a mãe.
De acordo com o hospital, o menino foi avaliado por uma equipe de cinco médicos de diversas especialidades antes de receber alta. Os exames que poderiam ser feitos no Instituto Médico-Legal de Cascavel não serão mais realizados.
Conforme o diretor-clínico do HU, Sérgio Luiz Bader, o garoto precisou da aprovação de um psiquiatra para receber alta.
"Conversei com o pai, conversei com ele, achei que o 'guri' está em uma situação extremamente confortável e, lógico, que terá que se recuperar de todo esse trauma, mas a evolução clínica dele é muito satisfatória e também a parte da emocional dele acho que também está desenvolvendo de forma satisfatória", comentou Bader.
Os funcionários do zoológico também terão orientação psicológica. A intenção da prefeitura é de que esse apoio auxilie os trabalhadores que lidam com os animais a manter a relação de antes do incidente.
"Os tratadores têm uma proximidade com o animal, então houve uma comoção entre a equipe e viu-se a necessidade de ter essa conversa, esse acompanhamento para que eles se tranquilizem e a rotina volte ao normal”, diz a diretora de recursos humanos da prefeitura, Vanice Schenfert.
Visita
Nesta terça-feira (5), os dois socorristas do Corpo de Bombeiros, que prestaram atendimento ao menino, visitaram a criança. "A gente se abraçou, chorou junto, mas é um choro de alegria, de emoção da gente saber que ele está bem", conta Andrade.
Além da visita, que durou aproximadamente 15 minutos, o socorrista José Antonio de Andrade também entregou uma lembrança ao menino. “A minha intenção era incentivar ele a já trabalhar com a mão esquerda, eu dei a ambulância para ele dobrar e dei uma caneta, que ele prometeu que vai escrever com a mão esquerda para mostrar depois para mim”.
Na terça, o tigre voltou a ser exposto no zoológico. O animal ficou cinco dias isolado como medida preventiva por causa do incidente. Por parte da Polícia Civil, o delegado Denis Merino, que investiga o caso, ouviu o depoimento de quatro funcionários do zoológico também na terça-feira.
Até sexta-feira (8), devem prestar depoimento outros funcionários, além de testemunhas e do pai do garoto, Marcos do Camo Rocha.
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