Saída amigável é definida em reunião entre a diretoria do Atlético-MG e Assis, irmão do jogador. Passagem fica marcada pelo título mais importante da história do clube
Vinte e oito de julho de 2014. Será sempre a data lembrada pelo torcedor do Atlético-MG como aquela em que Ronaldinho Gaúcho, um dos maiores ídolos da história do clube, encerrou seu ciclo vitorioso no alvinegro. Após uma reunião entre a diretoria e o irmão e empresário do jogador, Roberto Assis, na manhã desta segunda-feira, ficou definida a rescisão amigável do contrato, que deveria durar até o fim da temporada. O desejo partiu do próprio meia, que concederá entrevista coletiva na próxima quarta-feira, quando anunciará o seu futuro. Pendurar as chuteiras está fora de cogitação, segundo Assis.
- Ele joga até os 42. O futuro vamos revelar para vocês na quarta-feira - brincou o empresário, em conversa rápida nesta segunda.
Participando do programa Arena Sportv, o técnico Levir Culpi foi perguntado se contava com R10 para o restante da temporada e mostrou que já sabia do futuro do meia.
- Não. Não conto mais com Ronaldinho. A notícia que eu recebi é que ele já teria assinado a rescisão de contrato. Esta é a noticia oficial que eu recebi. Então terminou o ciclo do Ronaldinho conosco, infelizmente. Porque ele é um ídolo de todos nós. Todo mundo gosta do seu futebol, da maneira como ele joga, ele é muito carismático. Mas é assim que funciona, ele está saindo e a gente vai seguir sem ele - afirmou Levir.
O último jogo de Ronaldinho Gaúcho foi diante do Lanús-ARG, pelo segundo jogo da Recopa Sul-Americana, quando o Atlético-MG conquistou o título inédito da competição. Depois, foi liberado para participar do jogo de despedida do meia luso-brasileiro Deco, em Portugal, que ocorreu na última quinta-feira. O meia disse ter perdido o voo e permaneceu no Brasil. Por causa da viagem, R10 havia sido liberado do jogo do Atlético-MG contra o Sport e dos treinos até a próxima terça-feira.
Último título foi a Recopa, quando o meia teria se despedido de companheiros e comissão técnica (Foto: Léo Simonini)
Porém, por não ter viajado, a diretoria atleticana e o técnico Levir Culpi esperavam que o jogador voltasse aos treinos na sexta-feira, o que não aconteceu. A situação estremeceu a relação, que já não estava boa por causa do baixo rendimento do meia com a camisa alvinegra em 2014.
Mas a situação não deverá manchar a imagem deixada por Ronaldinho diante da torcida atleticana. Em 88 jogos, com 28 gols, ele contribuiu para que o Atlético-MG elevasse seu status no cenário internacional, conquistando a Libertadores de 2013 e a Recopa Sul-Americana nesta temporada, títulos inéditos na história do clube. Além disso, o jogador conquistou o Campeonato Mineiro do ano passado e foi vice-campeão Brasileiro em 2012.
O certo é que Ronaldinho deixará saudades na torcida atleticana, que depositou as esperanças no jogador de dias melhores pelo clube e teve como recompensa títulos, gols e momentos felizes durante os dois anos, um mês e 24 dias que o atleta permaneceu no Galo.
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