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terça-feira, 22 de abril de 2014

Homem morre baleado no protesto por morte de dançarino do 'Esquenta'

Vítima foi baleada na cabeça, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Confusão em Copacabana e Ipanema teve tiros, bombas e quebra-quebra.

Um homem morreu baleado na cabeça durante uma manifestação de moradores do Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul do Rio, nesta terça-feira (22). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima tem cerca de 30 anos e já chegou morta ao Hospital Miguel Couto. Oprotesto de moradores começou após o corpo do dançarino do programa "Esquenta" Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, de 26 anos, ser encontrado na comunidade.
Até as 21h, não havia informação sobre a identidade da vítima ou sobre quem teria feito o disparo que o matou. Segundo de vários moradores ao G1, um menino de 12 anos também teria sido baleado na Ladeira Saint-Romain, na esquina da Rua Sá Ferreira. Secretaria de Saúde e Polícia Civil, no entanto, não confirmaram a informação, e familiares da suposta vítima não foram encontrados.
Dançarino DG durante apresentação do programa Esquenta (Foto: Reprodução/Tv Globo)
Dançarino DG durante apresentação do programa
Esquenta (Foto: Reprodução/Tv Globo)
Morte de dançarino
Amigos do dançarino DG acusam policiais militares de o espancarem por acharem que o jovem era traficante. A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) nega.

Cápsula de bala é encontrada durante manifestação (Foto: Marcelo Elizardo / G1)
Cápsula de bala é encontrada durante manifestação
(Foto: Marcelo Elizardo / G1)
Segundo o comando da unidade, houve tiroteio durante ação da PM na noite de segunda-feira (21) na comunidade. O corpo do dançarino foi encontrado numa creche, no fim da manhã desta terça. DG fazia parte do Bonde da Madrugada, do programa "Esquenta", de Regina Casé. A apresentadora está de férias e não foi encontrada para comentar o caso.
De acordo com a 13ª DP (Ipanema), onde o caso foi registrado, as circunstâncias da morte de Douglas estão sendo investigadas. O laudo preliminar da perícia apontou que as escoriação são compatíveis com morte ocasionada por queda. Equipes da delegacia estiveram no local. Testemunhas e moradores estão sendo chamados para depor.
Tiros e bombas
Helicópteros sobrevoavam a região por volta das 19h. Tiros, bombas e muito quebra-quebra foram relatados por moradores da região, assustados. Pelo menos um carro foi queimado na subida da comunidade. O Batalhão de Choque da Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram para o local. Por volta das 19h30, a situação começou a ser controlada.

O Túnel Sá Freire Alvim e a Avenida Nossa Senhora de Copacabana também foram interditadas. Imagens aéreas mostram barricadas montadas com fogo. O trânsito ficou muito ruim na região. Acessos da estação General Osório também foram fechados. A única entrada aberta, segundo a concessionária, é a da Rua Jangadeiros. De acordo com a Light, faltou luz na comunidade.
Manifestação no morro Pavão Pavãozinho, na Zona Sul do Rio, em protesto após a morte do dançarino do programa 'Esquenta' Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, de 25 anos (Foto: Marcelo Piu/Agência O Globo)Barrica foi montada na subida da manifestação (Foto: Marcelo Piu/Agência O Globo)
Padaria localizada em Ipanema, entre a Rua Farme de Amoedo e Nascimento Silva, foi fechada     (Foto: Márcia Saad/Tv Globo )
Padaria na Rua Farme de Amoedo foi fechada
(Foto: Márcia Saad / TV Globo )
Em Ipanema, houve correria quando a polícia perseguia um grupo de pessoas, que teria depredado um hospital particular na esquina das ruas Barão da Torre e Farme de Amoedo. Funcionários do metrô que fica perto saíram correndo. Comerciantes fecharam as portas e o policiamento foi reforçado na região.
Pelo Twitter, o líder comunitário Rene Silva postou uma mensagem lamentando a morte de um jovem dançarino, que trabalharia em programa de televisão. "Meus sentimentos ao amigo DG do #esquenta... Q covardia fizeram com ele... Mataram mais um adolescente trabalhador", diz o post, um dos muitos sobre o caso nas redes sociais.
"Qual será a desculpa dessa vez? Que o inocente que os UPPs maram era suspeito, que estava com atitudes suspeitas, estava em confronto com a polícia, era ex-traficante? Mais um inocente morto, mais uma mãe sem filho, mais um filho sem pai", escreveu uma amigo,  também no Twittter.
Mapa arte Pavão-Pavãozinho (Foto: Editoria de Arte / G1)
Muitas pessoas estão na região próxima do  Pavão-Pavãozinho  (Foto: Marcelo Elizardo/G1)Muitas pessoas foram para as ruas próximas ao Pavão-Pavãozinho (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Trânsito ficou muito ruim no entorno de Copacabana (Foto: Marcelos Elizardo / G1)Trânsito ficou muito ruim no entorno de Copacabana (Foto: Marcelos Elizardo / G1)

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