Translate

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Primeira sessão da CPI dos Ônibus tem confusão e briga no plenário

Grupos pró e contra o vereador Chiquinho Brazão brigam durante audiência.
Segurança foi reforçada do lado de fora da Câmara Municipal do Rio.


A primeira audiência da CPI dos Ônibus, iniciada às 10h05 desta quinta-feira (22), foi suspensa cerca de 20 minutos depois, em virtude de uma briga entre grupos pró e contra o vereador Chiquinho Brazão (PMDB), presidente eleito da Comissão Parlamentar de Inquérito. Os dois grupos chegaram a se enfrentar fisicamente na galeria do plenário e um sapato foi jogado nos vereadores que compõem a mesa.
Nas galerias da Câmara, o lado direito era composto por manifestantes contrários a Brazão, que mostravam cartazes e baratas gigantes, incluindo alguns vestidos com fantasias de baratas. E, no lado esquerdo, estava um grupo favorável a Brazão. Eles trocavam ofensas verbais, até que chegaram a se enfrentar fisicamente.
O vereador Chiquinho Brazão (PMDB) mostra sapato arremessado por manifestantes durante abertura da sessão de depoimentos na CPI dos Ônibus na Câmara Municipal do Rio de Janeiro (Foto: EBRS JR./Estadão Conteúdo)O vereador Chiquinho Brazão (PMDB) mostra sapato arremessado por manifestantes (Foto: EBRS JR./Estadão Conteúdo)
O vereador Eliomar Coelho (PSol), que propôs a criação da CPI do Ônibus, está na Câmara, mas não participa da sessão por não considerar legítima a formação da comissão, ao desrespeitar o princípio de proporcionalidade. (Veja abaixo a íntegra da nota). Na quarta-feira (21), vereadores de oposição chegaram a entrar com um mandado de segurança na Justiça para pedir a revisão da proporcionalidade da CPI dos Ônibus.
Por volta das 10h30, o secretário municipal de Transportes do Rio, Carlos Osório, admitiu que o sistema de transporte público da cidade precisa de melhorias. “A Prefeitura do Rio reconhece que o sistema de transporte está em evolução e não está na qualidade adequada. Ainda temos muito para avançar”, justificou.
Ato promove 'desbaratização' na Câmara
Antes da sessão, um grupo promoveu uma "desbataratização" em frente à Câmara Municipal do Rio, no Centro. O ato é em referência ao empresário, conhecido como 'Rei do Ônibus', Jacob Barata.

Grupo realiza “desbaratização” da Câmara antes do início da CPI dos Ônibus, nesta quinta-feira (22). (Foto: Reynaldo Vasconcelos/Futura Press/Estadão Conteúdo)Grupo realiza “desbaratização” da Câmara antes do início da CPI dos Ônibus, nesta quinta-feira (22). (Foto: Reynaldo Vasconcelos/Futura Press/Estadão Conteúdo)
A segurança nos arredores da Câmara foi reforçada para a audiência. Uma hora de seu início já havia fila do lado de fora da Palácio Pedro Ernesto, sede do legislativo municipal, para assistir à sessão no plenário. Por volta das 9h20, 120 senhas já tinham sido distribuídas.
Quatro carros da Polícia Militar estão estacionados em frente à Câmara, enquanto outros dois fecham o acesso à rua lateral da Casa. No local, os pedestres passam por revista policial. Um grupo de manifestantes com instrumentos – alguns deles mascarados – se reúne na Cinelândia.
Funcionários colocam tapumes na fachada de prédio na Rua Álvaro Alvim, próximo à Câmara do Rio, nesta quinta-feira (22) (Foto: Mariucha Machado/G1)
Funcionários colocam tapumes na fachada de
prédio na Rua Álvaro Alvim
(Foto: Mariucha Machado/G1)
Funcionários de um edifício na Rua Álvaro Alvim, nos arredores da Câmara, colocaram tapumes na fachada.
A convocação da primeira audiência da CPI dos Ônibus foi feita pelo presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vereador Jorge Felippe (PMDB), e publicada no Diário Oficial de segunda-feira (19).
Além do secretário de Transportes, Carlos Roberto Osório, serão ouvidos o subsecretário executivo de Transportes, Alexandre Sansão, e o gerente de planejamento da CET-Rio, Hélio Borges.
Na quarta-feira (21), vereadores de oposição chegaram a entrar com um mandado de segurança na Justiça para pedir a revisão da proporcionalidade da CPI dos Ônibus.
Fim da ocupação
Ainda na quarta-feira, os manifestantes que ocupavam o Palácio Pedro Ernesto, desde o dia 9 de agosto, deixaram a Câmara de Vereadores por volta das 14h15, após a chegada de um oficial de Justiça que trazia a ordem de reintegração de posse do local. A saída aconteceu de maneira pacífica.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo vereador Eliomar Coelho (PSol) nesta quinta (22):
“O vereador Eliomar Coelho (PSol), membro nato e primeiro signatário da CPI do Ônibus, e o vereador Reimont (PT), primeiro suplente, estão presentes na Câmara, mas não participarão da sessão da CPI, assim como os vereadores Paulo Pinheiro (PSol), Jefferson Moura (PSol), Renato Cinco (PSol), Teresa Bergher (PSDB), Marcio Garcia (PR) e Leonel Brizola Neto (PDT).

Desde quarta-feira passada não são realizadas as sessões ordinárias da Câmara, impedindo que os recursos administrativos que apresentamos fossem apreciados pelo plenário. Seguiremos aguardando a decisão sobre o mérito da ação ainda não julgada e impetrada ontem junto ao Tribunal de Justiça.

A atual divisão de vagas da CPI afronta o direito de participação das minorias ao dar quatro vagas ao mesmo bloco parlamentar.

Não consideramos legítimo que um bloco parlamentar que representa 47% do total de vereadores assuma 100% das vagas destinadas a proporcionalidade.”

Alguns mascarados estão entre os manifestantes nos arredores da Câmara do Rio nesta quinta-feira (22) (Foto: Mariucha Machado/G1)Mascarado (de marrom) entre os manifestantes nos arredores da Câmara (Foto: Mariucha Machado/G1)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!

Casa Branca confirma morte de filho de Osama bin Laden

Hamza bin Laden, também era conhecido como 'príncipe-herdeiro da Jihad'. Operação que o matou aconteceu entre o Afeganistão e o P...