Trabalhando desde criança, ela deixou o Oeste Paulista aos 16 anos para se tornar uma modelo internacional
A modelo Eloise Yamashita já passou por quase todos os continentes emprestando sua beleza para diversas marcas consagradas mundialmente. Seu ponto de partida foi o Oeste Paulista, com o sonho que teve início em Pirapozinho, sua cidade natal.
Ela conta que sua carreira começou enquanto ainda era criança, incentivada pela família. Aos 14 anos, em Presidente Prudente, ela ganhou um concurso que elegeu a mais bela descente oriental da região.
“Não foi o primeiro concurso que participei, mas foi muito bacana. Com ele tive a oportunidade de concorrer em São Paulo e lá recebi minha primeira proposta para seguir carreira internacional, mas era muito nova e junto com a minha família decidi esperar terminar os estudos”, relembra.
Sua profissão foi o motivo de suas peregrinações, principalmente sua saída de Pirapozinho. “O mercado de trabalho no interior é muito restrito. É bom para começar, mas tem que sair para seguir carreira”, comenta.
Foi por isso que, com 16 anos, Eloise foi para São Paulo, onde precisou conciliar os estudos e a carreira. “Como tinha que faltar bastante por causa dos trabalhos, tive muita ajuda dos colegas e professores. Depois de concluir o colegial fui pra fora do Brasil e lá é impossível estudar pois a demanda de trabalho é muito grande”, diz.
Quando questionada sobre seus trabalhos prediletos, ela é enfática ao responder que são os que incluem viagens. “Amo viajar. Mas geralmente são esses também os mais puxados. Já virei 26 horas fotografando e gravando uma campanha, passei muito frio em uma, muito calor em outra, mas acho que faz parte. Quando a gente faz o que gosta, não é um problema”, fala.
Em seu passaporte constam passagens pela Venezuela, Chile, Estados Unidos, China, Indonésia, Malásia, Cingapura, Caribe e Tailândia. “Entretanto, acho que a Tailândia tem um lugar especial no meu coração. Morei cerca de um ano em Bangkok e sou apaixonada pela cidade, principalmente pelas ilhas paradisíacas”, diz nostálgica.
Porém, todas as mudanças e viagens exigem um dos maiores sacrifícios: ficar longe da família. “O que é mais difícil para mim, é ter que ficar longe das pessoas que eu amo, o que acontece com frequência”, lamenta.
Mesmo assim, a distância também tem seu lado bom. “É preciso aprender a fazer as coisas sozinha, ter responsabilidades, aprender a lidar com o ‘mundo real’, onde você não é super protegido. Mas todas as experiências foram muito válidas para minha formação”.
Ser descendente oriental pode até parecer uma restrição no mercado, mas ela garante que não acontece. “Existe espaço sim, há muitas empresas internacionais que fazem as campanhas aqui. As empresas brasileiras também usam muitos orientais, devido a nossa mistura”, esclarece.
Atualmente morando em Niterói, no Rio de Janeiro, ela divide seu tempo também com o estudo de teatro. “Quando comecei a estudar teatro senti um pouco de preconceito, mas até entendo, porque às vezes a gente acha que são profissões parecidas, chega sem nenhum preparo, como foi meu caso, e não tem nada a ver”, pontua.
Outro mito na carreira de modelo que para ela não se aplica é a aposentadoria mesmo ainda nova. “Acho que não tem uma idade limite, conheço muitas modelos mais velhas, que na verdade tem trabalhado cada vez mais”, ressalta.
Seus planos, por enquanto, são estudar, se formar, e continuar trabalhando sempre. Mesmo conhecendo o mundo, morando em uma cidade grande, Eloise sente falta da região. “Vou sempre que posso, adoro voltar. Morro de saudade da família e das amigas. Sempre vou correndo, mas já dá para matar um pouquinho da saudade”, fala.
E, se pessoalmente ela não pode estar sempre pela região, sua própria profissão dá uma ajudinha. É só prestar atenção na modelo da campanha de perfume, que aparece entre as flores de cerejeira, na mulher da propaganda do picolé de lichia, no editorial de moda de uma marca nacional de roupas...
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